Fraudes no varejo: quais as principais e como prevenir?

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O ano de 2022 não tem sido fácil no que se refere às fraudes no varejo. O estudo Mapa da Fraude, feito pela Clearsale e relativo ao e-commerce, mostra que houve um aumento tanto na quantidade, quanto nos valores das tentativas de golpes aplicados no Brasil.

Segundo a empresa, somente no primeiro semestre de 2022 (janeiro a junho) foram registradas 2,8 milhões de tentativas de fraude — crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Juntas, elas somam um valor que ultrapassa R$ 2,9 bilhões.

Tudo isso demonstra bem o cenário conturbado que as empresas brasileiras têm que enfrentar e a importância dos investimentos em recursos, medidas e mecanismos para evitar as fraudes no varejo.

A seguir, vamos nos aprofundar neste assunto e entender as principais formas como as varejistas podem se proteger das tentativas de golpe. Boa leitura!

Quais são os principais tipos de fraude no varejo?

O crescimento nas fraudes em 2022 são preocupantes, ainda mais se considerarmos que, segundo o mesmo levantamento, o ano de 2021 registrou 6,1 milhões de tentativas de golpe. Isso dá uma média de mais de 16 mil por dia — lembrando que o estudo refere-se apenas ao comércio eletrônico.

Diante desse panorama, é fundamental que as empresas conheçam as principais fraudes no varejo, onde elas se dão e de que forma ocorrem, para que possam reforçar suas medidas de prevenção e combate.

Destacamos os golpes mais comuns no setor:

Chargeback

Chargeback nada mais é do que o estorno do valor ao cliente, seja por erro da empresa ou da operadora, seja por ser uma compra indevida e não reconhecida pelo comprador.

A questão é que, sem políticas bem estruturadas para o chargeback, golpistas podem se aproveitar dessa brecha. Após fazer uma compra, a pessoa entra em contato com a instituição financeira e diz que não reconhece a compra ou que seu cartão foi clonado/roubado.

Nessa situação, por questão de segurança, a emissora costuma cancelar o cartão na hora e fazer o estorno do valor. O problema é que a conta sobre para o varejista.

Emissão de cartões

Nesta fraude, os criminosos utilizam informações roubadas de terceiros para abrir contas em instituições financeiras e emitir cartões de crédito/débito. O mesmo pode ser feito junto a lojas e supermercados que possuem cartões próprios, por exemplo.

Com isso, os fraudadores realizam compras e golpes, mas quem arca com a responsabilidade é a pessoa que consta como titular da conta E, mais uma vez, o lojista é quem sai no prejuízo financeiro.

Fraude no cartão de crédito

De forma semelhante à anterior, neste golpe os criminosos utilizam os dados roubados de terceiros para efetuar compras on-line. No entanto, neste caso, eles não abrem contas no nome da pessoa, mas apenas utilizam dados pessoais e do cartão de crédito roubados para aplicar o golpe.

Como os golpistas não conhecem o limite do cartão que foi roubado, é comum que sejam realizadas pequenas compras, que aumentam de valor progressivamente.

O problema é que, uma vez que os proprietários reais do cartão reconhecem o golpe, solicitam o cancelamento e o estorno junto à operadora, que realiza o chargeback e causa prejuízos para o varejista.

Roubo de identidade

O roubo de identidade consiste no uso de dados pessoais e financeiros de terceiros, geralmente para acessar a conta do usuário em lojas virtuais. Essas informações podem ser adquiridas de diferentes formas, seja por meio de phishing, compra de senhas roubadas ou vazadas, hackeamento, entre outras.

Com os dados dos clientes em mãos, os golpistas mudam as informações de acesso e tomam a conta para si. Em seguida, utilizam dados de cartões roubados para fazer compras.

Páginas de pagamento falsa

Este é um tipo de fraude no varejo mais refinado, uma vez que os criminosos não se passam por clientes de uma loja, mas tomam o caminho inverso: no momento da finalização da compra, eles conseguem direcionar os usuários para uma página de pagamento falsa, seja para receber o dinheiro diretamente ou roubar os dados pessoais e do cartão inseridos.

Phishing

No phishing, os fraudadores manipulam as pessoas para fazê-las clicar em links falsos. O objetivo é roubar informações pessoais e dados de cartão de crédito.

Geralmente, o phishing atrai os consumidores para sites muito semelhantes a lojas verdadeiras. Por meio de promoções chamativas, esses usuários são induzidos ao erro e acabam fornecendo suas informações voluntariamente.

Futuramente, esses dados são usados para uma série de outros tipos de fraude.

Como prevenir fraudes no varejo?

Como vimos, as fraudes no varejo podem ser extremamente prejudiciais para os lojistas. Além das perdas financeiras, está em risco a reputação da empresa e existe até mesmo a possibilidade de multas e outras sanções.

Por isso, além da identificação de fraudes, é preciso contar com ferramentas e metodologias para preveni-las e combatê-las. Isso é trabalhoso, e deve envolver todos os setores da empresa, guiados, sobretudo, pelas áreas de compliance e governança corporativa.

Por mais que exija esforço, porém, nada se compara às possíveis perdas. Muito pelo contrário: além de evitá-las, investir em formas de prevenção às fraudes no varejo ajuda a trazer mais credibilidade à empresa junto ao mercado e seus stakeholders.

Isso posto, vamos conhecer algumas das formas de prevenir golpes:

Onboarding digital

O onboarding digital faz parte das políticas Know Your Customer (KYC) e é o processo para ajudar o cliente a bater o martelo e decidir pela solução da empresa. Isso se dá por meio da melhor experiência possível que o negócio pode oferecer.

No onboarding, aproveita-se para fazer a análise dos consumidores, verificando a veracidade dos dados pessoais apresentados e avaliando seu perfil de risco.

Focamos no onboarding digital pois, devido à grande quantidade de dados que certas empresas podem ter que lidar, esse processo se dá com auxílio de ferramentas que ajudam a torná-lo mais seguro e confiável.

Background check

Background check, ou checagem de antecedentes, é o processo para confirmar a identidade e o histórico de um cliente, funcionário ou parceiro. Essa consulta é feita em bases de dados públicas e privadas.

Essa checagem é fundamental para atender às políticas de compliance, pois colabora para a redução de riscos ao averiguar possíveis fraudes, irregularidades e problemas jurídicos no passado daquela pessoa ou empresa.

Monitoramento contínuo

Processos como onboarding digital e background check são essenciais. No entanto, é o monitoramento contínuo de riscos e ameaças que torna a prevenção a fraudes no varejo mais completa, robusta e eficiente.

Monitoramento contínuo significa que a empresa avaliará permanentemente suas investigações. O objetivo é justamente garantir a eficácia das etapas anteriores para reduzir ao máximo o risco de qualquer irregularidade que possa ter passado batido.

Mais uma vez, ouso de ferramentas digitais é fundamental. São elas que vão fazer e refazer a varredura dos dados de clientes, funcionários e parceiros de negócio, buscando processos judiciais que possam ter surgido, mudanças de status, relação com PEPs, entre outras red flags.

Enriquecimento de dados

Para que o monitoramento contínuo e as outras medidas de prevenção sejam eficazes, é preciso garantir que os dados analisados estejam sempre atualizados e sejam os mais confiáveis possíveis.

Para isso, o enriquecimento dos dados presentes nas bases consultadas é vital. Nesta etapa, são agregados novos registros e aplicadas regras específicas de cada negócio.

Motor de decisão contra fraudes

Um motor de decisão contra fraudes é uma ferramenta que ajuda a definir o que fazer com um determinado conjunto de informações.

Esse recurso faz a consolidação e análise automática de dados de diversas fontes (o que seria impossível de ser feito manualmente), ajudando a detectar e evitar ameaças ao negócio sem prejudicar a experiência do cliente.

Tudo feito com auxílio de variáveis e cálculos matemáticos que ajudam a determinar probabilidade de uma pessoa ou empresa tentar fraudar uma operação. 

Gestão de compliance

Como vimos, o compliance é central para os esforços de prevenção e combate à fraude no varejo. Para que uma gestão de compliance seja efetiva, é necessário unir todos os processos, políticas e operações da empresa sob as mesmas diretrizes de conformidade.

Somente quando pessoas e operações estiverem voltadas para o compliance é que será possível prevenir, identificar e mitigar ameaças. Isso ajuda a evitar todos os problemas que citamos, sejam eles financeiros ou reputacionais.

Aliás, é sob a gestão de compliance que estruturam-se processos já citados, como onboarding, background check e monitoramento contínuo.

Diligência prévia 

Diligência prévia, ou Due Diligence, é o processo de busca e análise de informações feita antes de se concretizar novos negócios e parcerias. A ideia é avaliar as pessoas físicas e jurídicas que se relacionam com a empresa para identificar possíveis riscos.

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Por 

Neoway

A Neoway é a maior empresa da América Latina de Big Data Analytics e Inteligência Artificial para negócios. Fundada em 2002, em Florianópolis, lançou a sua plataforma SaaS em 2012, e, hoje, está presente em todo o Brasil.

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