Índice
- Quais são as metodologias de avaliação de riscos em investimentos?
- E quanto à Política de Investimentos Pessoais utilizadas por empresas que oferecem produtos de investimento?
- O que é insider trading? E front running?
- Como utilizar os dados no controle de risco em investimentos?
- Como as ferramentas de compliance atuam nesse setor?
- Conheça o Monitora PIP
Avaliação de risco é o processo para identificar e mensurar as vulnerabilidades e incertezas relacionadas a uma empresa, isto é, brechas que podem representar ameaças de ordem financeira, operacional, reputacional, de recursos humanos, tecnológica, entre outras.
Esse tipo de análise e gestão de risco também deve ser feito, de forma bastante cuidadosa, para identificar se as políticas internas relacionadas a investimentos de pessoas vinculadas e ativos de própria emissão de uma empresa estão sendo cumpridas.
Neste artigo, vamos mostrar como as organizações devem atuar nessa frente e as metodologias e ferramentas disponíveis para facilitar mais esse processo de compliance.
Quais são as metodologias de avaliação de riscos em investimentos?
A avaliação ou análise de riscos (em inglês, risk assessment) é feita para mitigar eventuais impactos negativos ao negócio causados por erros, fraudes, problemas técnicos e/ou imprevistos de qualquer ordem.
No caso da avaliação de riscos em investimentos, o objetivo principal é prevenir e evitar riscos relacionados a investimentos feitos por pessoas ligadas a uma empresa, como nos casos de insider trading e front running (leia mais sobre isso ainda neste artigo).
Na prática, uma avaliação de risco consiste em mapear ameaças que podem comprometer o bom desempenho de projetos e, a partir das informações obtidas, traçar planos de contingência.
Ela gira em torno de três pilares principais: prevenção, mitigação e resposta aos acontecimentos.
A avaliação de risco pode ser quantitativa (baseada em dados para identificar padrões de comportamento e indicar tendências, positivas ou negativas) ou qualitativa (baseada em percepções não amparadas por números).
E quanto à Política de Investimentos Pessoais utilizadas por empresas que oferecem produtos de investimento?
A Política de Investimentos Pessoais (PIP) é um conjunto de regras, direcionamentos e diretrizes sobre os investimentos pessoais dos colaboradores de uma empresa, com a finalidade de proteger essa empresa de riscos legais, reputacionais e regulatórios.
Empresas que atuam no ambiente da bolsa de valores precisam atender a uma série de demandas. Entre elas, a garantia de que informações privilegiadas (ainda não tornadas públicas) não serão utilizadas por terceiros para benefício próprio.
Para isso, existe a política de investimentos pessoais, que visa evitar o uso indevido das informações privilegiadas por parte de funcionários que as obtiveram em função do cargo que exercem. Também busca evitar a configuração de conflito de interesses.
Por exemplo: as medidas de política de investimento pessoal podem determinar um período mínimo em que colaboradores e outras pessoas ligadas a eles (parceiros, fornecedores, intermediadores do mercado etc.) não podem negociar valores mobiliários.
Essas regras podem, inclusive, prever a necessidade de autorização prévia. Dessa forma, evita-se o possível uso de informações não públicas para obter vantagens.
O que é insider trading? E front running?
Insider trading é uma prática ilegal, que ocorre quando uma pessoa tem acesso a informações relevantes e desconhecidas do público e as utiliza para ganhar dinheiro no mercado financeiro.
Quem comete essa prática é o insider. Trata-se da pessoa, interna ou externa a uma empresa, que obtém acesso a informações relevantes sobre seus negócios ou sobre o mercado, antes de sua publicização. Em seguida, ela utiliza essas informações para si ou as compartilha com terceiros.
Leia mais: Entenda o conceito e por que fazer gestão de investimentos
Com essas informações, o insider compra ou vende ativos de acordo com o cenário que se desenha. Se as informações revelam uma tendência de alta, ele compra os ativos antes de que eles se tornem públicos, lucrando com a valorização. Se houver tendência de baixa, ele vende os ativos e evita perder com sua desvalorização.
Já o front running ocorre quando um trader ou corretor de valores mobiliários usa informações sobre uma grande ordem de negociação de um cliente para comprar ou vender títulos e obter lucro pessoal.
Como utilizar os dados no controle de risco em investimentos?
O uso de plataformas Big Data Analytics no controle de riscos traz mais precisão e agilidade às análises.
Com um sistema unificado, pode-se centralizar as fontes de pesquisa e manter os dados sempre atualizados, organizados e facilmente acessíveis.
Essas ferramentas conseguem coletar e analisar uma grande quantidade de dados, automatizando processos e tornando a gestão de risco e compliance mais precisa.
Leia mais: Como a modelagem de dados auxilia a tomada de decisões
Assim como o Big Data Analytics, o machine learning – um subcampo da inteligência artificial – permite a uma empresa automatizar tarefas e ganhar inteligência para desenvolver procedimentos precisos e rápidos na hora de realizar análises preditivas.
Essa tecnologia utiliza algoritmos complexos e Big Data para identificar padrões, coletar dados de usuários e tomar decisões com base na sua própria experiência, criando conexões e tornando-se capaz de executar tarefas automaticamente.
Como as ferramentas de compliance atuam nesse setor?
A tecnologia é uma importante aliada e o setor de compliance tem se beneficiado dela por meio de ferramentas e soluções que ajudam no monitoramento de dados para prevenção de perdas, gestão de riscos e até combate a crimes financeiros.
Uma das ferramentas disponíveis especificamente para a execução de uma avaliação de risco em investimentos ágil e abrangente é o Monitora PIP, um produto B3 comercializado pela Neoway. Trata-se de uma ferramenta que realiza a verificação de investimentos feitos por colaboradores e pessoas vinculadas a uma empresa.
O objetivo é identificar se a política de investimentos pessoais da organização está sendo efetivamente cumprida. Assim, a ferramenta consegue eliminar lacunas comuns a esse tipo de monitoramento, assegurando, inclusive, o cumprimento de demandas regulatórias.
Conheça o Monitora PIP
Realizar o Monitoramento de Política de Investimentos Pessoais (PIP) é uma tarefa essencial para afastar riscos legais, regulatórios e reputacionais de uma empresa. As regras dessa política visam regular os investimentos pessoais de colaboradores e pessoas vinculadas a ele para, assim, proteger as organizações de um eventual uso de informações privilegiadas.
O Monitora PIP faz a verificação de investimentos realizados dentro do ambiente B3, o que permite identificar se os monitorados estão seguindo a Política de Investimentos Pessoais. São consideradas “Pessoas Vinculadas” os seguintes perfis:
- Pessoas que sejam controladoras ou participem do controle societário de uma empresa ou entidades;
- Cônjuge ou companheiro e filhos de funcionários;
- Fundos e Clubes de investimento em que a maioria das cotas pertença a pessoas vinculadas;
- Pessoas ou entidades em que o monitoramento da contratante seja obrigatório por questão legal e/ou regulatória.
O Monitora PIP atua em oito principais frentes de avaliação e gestão de riscos em investimentos:
- Permite monitorar o cumprimento das Políticas de Investimentos Pessoais;
- Reduz o risco de uso de informações privilegiadas, inibindo o insider trading;
- Torna o processo de compliance mais eficiente, evitando riscos reputacionais e legais;
- Permite um monitoramento mais completo, pois contempla operações de renda fixa, renda variável, empréstimo, day trade, entre outras;
- Auxilia empresas listadas no monitoramento de operações que envolvam ativos de própria emissão;
- Oferece verificação de histórico de operações de colaboradores e pessoas vinculadas;
- Fornece arquivos padronizados, com informações das operações realizadas nos mercados B3;
- Possibilita a parametrização de regras e facilita análises das suas operações.
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