Análise de riscos: saiba como fazer e sua importância

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Em um mundo cada vez mais digital, a quantidade de dados gerados aumenta exponencialmente e impõe desafios constantes às empresas, principalmente quando falamos em análise de riscos.

Para compreender corretamente os cenários que se apresentam, é necessário coletar, tratar e organizar as informações captadas de maneira adequada. 

Esse trabalho só pode ser feito com o apoio da tecnologia. Isso porque lidar com tamanha base de dados de maneira manual significa perder tempo e insights valiosos.

Grandes empresas em vários setores (financeiro, seguros, agronegócio, construção civil, telecomunicações e de bens de consumo) já perceberam: o uso do Big Data Analytics para análise de risco é essencial para o equilíbrio das operações.

Como a sua empresa faz uso dos dados para tomar melhores decisões no chamado mundo VUCA, acrônimo para volatilidade, incerteza, ambiguidade e complexidade?

Neste texto, vamos tratar de um dos principais tópicos quando se pensa em estratégia empresarial: a análise de riscos.

O que é uma análise de riscos?

A análise de riscos (em inglês, risk assessment) é realizada para mitigar eventuais impactos negativos ao negócio causados por erros, fraudes, problemas técnicos e/ou imprevistos de qualquer ordem. É também chamada de avaliação de riscos.

Na prática, consiste em mapear ameaças que podem comprometer o bom desempenho de projetos e, a partir das informações obtidas, traçar planos de contingência. 

É bom que se diga que a análise de riscos não diz respeito apenas à prevenção de perdas. Ela também atua para estabelecer respostas ágeis e eficientes à altura dos incidentes quando eles acontecem.

Para que serve uma análise de riscos?

Os riscos estão presentes em todas as ações onde há relacionamento humano. Portanto, ignorá-los equivale a fechar os olhos para a realidade.

A análise de risco gira em torno de três pilares principais: prevenção, mitigação e resposta aos acontecimentos. 

Ao contrário do que se pode sugerir, o gerenciamento de riscos não pretende blindar a empresa em 100% de eventuais ameaças.

O objetivo é adotar um conjunto de processos para identificar possíveis danos, prever a gravidade do impacto que eles podem causar nos negócios e classificá-los de acordo com níveis de alerta.

A partir de diretrizes claras, tanto gestores quanto colaboradores sabem exatamente como agir em momentos de estresse nos quais cada minuto importa.

Qual é a importância da análise de riscos?

A imagem mostra um homem sentado ao telefone enquanto utiliza uma calculadora. Seu semblante é de preocupação, remetendo a ideia de análise

Se os riscos existem e não podem ser eliminados em sua totalidade, a melhor alternativa é tentar controlá-los ao máximo.  

A análise de risco é decisiva para nortear decisões no dia a dia de uma empresa. Ela pode ser aplicada como critério para a contratação de um fornecedor, por exemplo, ou então para evitar fraudes na concessão de crédito.

A tecnologia entra em cena para otimizar o setor de prevenção de fraudes e compliance. Afinal, as soluções digitais diminuem o tempo de busca e de interpretação dos dados, além de reduzir as chances de análises equivocadas.

Com o uso do Big Data Analytics, organizações detectam e monitoram potenciais ameaças à integridade da empresa, além de promover eficiência e agilidade ao trabalho do time de analistas.

A customização é um diferencial competitivo. A partir do cruzamento de dados, enormes quantidades de informações podem ser coletadas e analisadas de acordo com os interesses de cada empresa.

A automatização e a inteligência artificial aplicadas aos negócios tornam os controles internos e o compliance mais ágeis, precisos e metrificados.

Quais tipos de riscos podem ameaçar as empresas?

Com a competição acirrada nos mais variados setores, é de se imaginar que a tolerância aos danos que podem ser evitados é cada vez menor.

Diante dos desafios atuais, os gestores devem estar atentos aos riscos que circundam as empresas e diversificar as análises de risco.

Geralmente, elas são realizadas em duas categorias principais: quantitativa e qualitativa. Entenda, a seguir, quais são os tipos de riscos.

Quantitativa

Dados e números compõem a base dos insumos para a construção de cenários quantitativos. 

O objetivo deste tipo de estudo é recorrer a gráficos que possam identificar padrões de comportamento e indicar tendências, positivas ou negativas.

Nesse caso, além de informações do passado, são acrescentadas simulações numéricas pertinentes para o cálculo de probabilidades.

Quanto maior o número de variáveis consideradas, melhor para a empresa.

Tendo as informações em mãos, os gestores se sentem mais confiantes para elaborar ações coerentes em resposta a possíveis eventos.

Qualitativa

Já a análise de risco qualitativa baseia-se em percepções não amparadas por números. 

Nela, o escopo de determinado projeto é analisado de modo amplo para a identificação e priorização de riscos.

Como sugere a Totvs em seu site, o ideal é que as duas abordagens sejam feitas de forma complementar. 

Enquanto a qualitativa faz um raio x das principais necessidades endereçadas e seus impactos para o negócio, a quantitativa dá números às interpretações e torna nítido o plano de ações.

Quando se deve fazer uma análise de riscos?

Recomenda-se que a análise de risco seja feita continuamente porque as ameaças não têm hora certa para aparecer.

No dia a dia, o ideal é que cada novo projeto dentro da organização seja acompanhado de perto, para evitar surpresas no decorrer das atividades.

E, quanto maior e mais complexo for o projeto, mais importante é o papel da análise de riscos.

Empresas atentas ao tema entenderam a importância de incorporar esse tipo de monitoramento no planejamento estratégico e reforçar sua relevância rotineiramente.

Por isso, o uso de tecnologia é tão importante com a finalidade de mitigação de riscos.

A partir das soluções digitais, é possível fazer monitoramento em tempo real e identificar suspeitas previamente. Saiba mais. 

O que levar em consideração em uma análise de riscos?

Três pessoas (duas mulheres e um homem] colam papéis adesivos em um quadro transparente. Uma das mulheres segura um tablet.

A análise de risco deve permear todos os processos, sem exceção. Isso facilita a visualização de eventuais gargalos existentes e permite quantificá-los dentro da estratégia. 

Com o apoio de soluções digitais, todas as etapas são consideradas em seus mais variados cenários. Isso porque, a depender do tipo de projeto, o risco identificado pode significar a inviabilidade de seu desenvolvimento como ele foi concebido.

Quando ameaças potencialmente graves são identificadas, cabe à empresa avaliar se vale a pena seguir adiante com o plano e, em caso positivo, quais medidas adotar para evitar transtornos.

Há que se considerar, ainda, os riscos adicionais, aqueles relacionados a questões internas e externas que não estejam diretamente vinculados ao projeto.

Estão enquadrados nessa categoria, por exemplo, eventuais ameaças ao negócio vinculadas a profissionais, parceiros ou clientes envolvidos. 

Os riscos associados a terceiros são um ponto de atenção, pois a empresa pode responder de forma compartilhada em caso de eventuais conflitos.

Com a plataforma da Neoway, é possível evitar contratempos relacionados a terceiros com agilidade e eficiência. Ela permite acessar em um só lugar dados e variáveis modelados sobre públicos de interesse.

Quais são as fases da avaliação de riscos?

Embora os processos de análise de riscos possam variar, normalmente seguem uma sequência lógica de etapas em sua composição. São elas: 

  • Identificação de riscos: Apontamento de potenciais ameaças que podem comprometer uma empresa.
  • Análise de riscos: Distinção de impacto e probabilidade de ocorrência das ameaças identificadas. Também podem ser indicadas as causas.
  • Avaliação de riscos: Com o auxílio de ferramentas como a matriz de riscos, os riscos são avaliados por prioridade, por gravidade ou urgência. 
  • Gerenciamento de riscos: Implementação de medidas preventivas para mitigação e controle de ameaças para evitá-los ou reduzir os danos em caso de ocorrência.
  • Treinamento e comunicação: Capacitação dos envolvidos e transparência na transmissão de informação para múltiplos setores da empresa.
  • Monitoramento contínuo: Refação recorrente de todos os processos citados anteriormente.
  • Revisão de processos: Aprimoramento dos procedimentos para uma avaliação de riscos cada vez mais certeira. 

Análises de risco em uma empresa: exemplos práticos

Empresas de todos os portes, em todos os setores, podem recorrer à tecnologia para fazer análises de riscos precisas. 

No setor financeiro, elas são úteis em atividades imprescindíveis para qualquer instituição que lida com grandes volumes financeiros.

Uma dessas atividades é o onboarding digital de clientes. 

Com a proliferação dos canais digitais, o processo de aprovação de novos entrantes deve ser feito com a mesma segurança do ambiente físico. E com um desafio adicional: garantir qualidade à experiência do consumidor, que é cada vez mais exigente.

Entenda como o Big Data Analytics e a inteligência artificial tornam o setor bancário mais eficiente.

Não para por aí. As soluções de Compliance têm o papel de acompanhar a jornada do consumidor e emitir alertas em caso de suspeitas de fraudes e cometimento de atos ilícitos. Sem falar na inadimplência, outro tópico que está sempre no radar.

De forma geral, o apoio da tecnologia é importante também em outras áreas no setor financeiro, como na  recuperação de crédito, para diminuir riscos e expandir índices.

Já no setor de seguros, outros desafios podem ser endereçados. 

A partir de boas análises de risco, as seguradoras reduzem fraudes e evitam prejuízos no pagamento indevido de indenizações. 

Os benefícios do combate a perdas nesse mercado são evidentes. Segundo a CNSeg (Confederação Nacional do setor de seguros), as fraudes comprovadas em 2018 somaram R$ 723,2 milhões.

Como fazer uma análise de riscos em 2 passos

Existem várias metodologias disponíveis para auxiliar na elaboração de análises de riscos. 

Abaixo, replicamos duas opções, sugeridas pela Totvs, para que a sua empresa possa fazer a leitura do cenário com alto grau de fidelidade:

PMBOK

Profissionais acostumados a gerenciar projetos já devem estar familiarizados com o “Project Management Body of Knowledge”, o Corpo de Conhecimento em Gestão de Projetos. 

Para quem não o conhece, o PMBOK é um conjunto de boas práticas organizado pelo Instituto PMI (Project Management Institute). 

O PMBOK estabelece diretrizes para todos os estágios que compõem o desenvolvimento de projetos: início, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento. 

Com o ciclo de vida do projeto desenhado, a análise de risco se torna mais clara e efetiva.

De acordo com os conceitos do PMBOK, é preciso primeiro mapear o cenário e depois partir para as definições das ameaças em si, por meio de conversas para levantamento de possíveis dificuldades.

PFMEA

Outra metodologia com renome mundial é o Process Failure Mode and Effective Analysis, cuja tradução é Análise de Modo e Efeitos de Falha. 

Comum no setor de engenharia, essa técnica é utilizada para estimar a necessidade de ajustes e manutenção de um produto ou serviço em desenvolvimento.

A PFMEA foca o descobrimento de falhas em potencial, a classificação delas e os eventuais ajustes necessários ao desenvolvimento do projeto. Na análise, são consideradas três variáveis principais:

Severidade: o impacto do risco.

Ocorrência: a frequência com que o erro pode acontecer.

Detecção: a rapidez ou facilidade com que o problema é percebido.

Cada um desses tópicos é acompanhado de medidas para nortear as análises de risco:

No caso da severidade, o objetivo é avaliar as características e potenciais efeitos das falhas e atribuir um indicador numérico (de 1 a 10) sobre o risco envolvido.

No caso da ocorrência, são listadas as causas que podem indicar a origem do problema, as soluções para consertá-lo, e, também, o indicador (de 1 a 10).

Por fim, no caso da detecção, são definidas as estratégias para detectar a falha durante o processo, acompanhada do respectivo indicador numérico (de 1 a 10), sobre o nível de detecção da falha.

As informações acima dão origem ao RPN (Número de Prioridade de Risco), para avaliar a urgência ao propor uma solução para o problema. 

A conta a ser feita é: S (severidade) x O (ocorrência)  x D (detecção). Quanto maior o número, maior a necessidade de endereçar a falha. 

E, se o número for maior que 90, sinal de que uma ou mais ações de melhorias serão necessárias para reparar o dano, conforme observa o site Gestão de Processos.

Livros sobre análises de riscos

A imagem mostra a capa de 5 livros sobre análise de riscos: Risco, de John Adams; Análise de Riscos, de Guasti Lima; Gestão de Riscos nos Modelos de Negócio, de Karan Girotra e Serguei Netessine; Princípios de Gestão de Riscos, de Erick Braga Ferrão Galante; e 11 Fragilidades que Derrubam Sua Empresa, de Othederaldo Jr.

Como vimos ao longo do texto, o gerenciamento de riscos tem efeito prático nas empresas, mas também existe uma boa dose de teoria a ser considerada.

As metodologias que mencionamos no tópico anterior mostram os caminhos para colocar no papel todas as probabilidades de impacto aos negócios.

Abaixo, compartilhamos recomendações de cinco livros que tratam o tema sob óticas diferentes, mas complementares. As dicas foram inspiradas na lista do Siteware.

Risco 

(Autores: John Adams e Lenita Esteves)

Os autores buscam na sociologia explicações sobre os efeitos do risco na vida. E concluem que “o ser humano é fascinado pela noção do risco”, apesar da busca pela sensação de prevenção. É uma obra relevante para a compreensão desse fenômeno ambíguo.

Análise De Riscos 

(Autor: Fabiano Guasti Lima)

Motivado pelas lições aprendidas em grandes crises, o autor observa que o risco não apenas precisa ser calculado mas também administrado. Portanto, sugere, de forma didática, aplicações práticas para mensuração de riscos em produtos variados, com abordagens do mercado financeiro.

Gestão de Riscos nos Modelos de Negócios

(Autores: Karan Girotra e Serguei Netessine)

A experiência obtida após consultoria prestada a grandes empresas gerou um aprendizado valioso para os autores deste livro: o poder das escolhas no desenvolvimento de projetos. Quando feitas sem os dados corretos, o resultado pode ser frustrante. Por isso, o livro orienta o leitor a compreender as decisões-chave em um plano de negócio.

Princípios de Gestão de Riscos

(Autor: Erick Braga Ferrão Galante)

Definições, critérios e as principais ferramentas úteis para diagnósticos precisos. Esse é o foco deste livro que serve como um guia com o passo a passo para análises de risco. O objetivo da obra é capacitar o leitor para atuar como gestor de projetos, compreendendo todas as etapas e seus fundamentos necessários.

As 11 fragilidades que derrubam a sua empresa

(Autor: Othederaldo Jr.)

Nesta obra, o autor faz uma leitura criteriosa do porquê as empresas quebram. A conclusão: empresas quebram não apenas devido aos efeitos de grandes crises, mas também porque têm rachaduras internas que poderiam ser reparadas.

Após mais de 10 anos de pesquisas, ele identificou as principais fragilidades comuns à maioria das empresas, para as quais a análise de risco é fundamental.                                                                                   

Como a Neoway pode te ajudar na análise de riscos

Com a ferramenta de Big Data Analytics Neoway Compliance, em poucos minutos, as principais informações para a análise de risco são disponibilizadas de forma organizada e intuitiva.

É possível rastrear uma empresa e/ou uma pessoa física e entender como elas estão posicionadas no mercado em diferentes perspectivas – cadastral, societária, fiscal e tributária, judicial e extrajudicial, trabalhista, política (PEP), socioambiental, entre outras.

A pesquisa aponta ainda eventuais relacionamentos empregatícios, societários e familiares que possam gerar conflitos de interesse.

O diferencial da plataforma é unificar fontes de pesquisa e trazer dados sempre atualizados dos órgãos reguladores de cada setor.

Já a solução Neoway Watcher permite que você monitore todos os seus fornecedores e outros públicos de interesse automaticamente, já que a ferramenta envia alertas automáticos quando encontra uma atividade suspeita ou fora do comum.

Desta forma, você consegue prevenir-se contra riscos e otimizar o trabalho da equipe de compliance, que pode evitar análises improdutivas e concentrar-se em tarefas mais estratégicas para a empresa.

Com isso, normas, circulares e portarias de entidades como Receita Federal, Juntas Comerciais, Tribunais e Fóruns, Banco Central, IBAMA, CNEP, Portais de Transparência dos Governos são reunidas e atualizadas em um só lugar.

Conclusão

Riscos existem, devem ser calculados e mitigados. A prova concreta de que as empresas entenderam a necessidade de combater ameaças está no investimento global direcionado ao tema.

De acordo com a consultoria MarketsandMarkets, em 2015, o montante investido em prevenção de perdas era de US$ 0.96 bilhão. No final deste ano, a expectativa é que a cifra atinja US$ 2.64 bilhões.

Da mesma forma, as organizações compreenderam, também, a importância do apoio da tecnologia para realizar esse trabalho adequadamente.

Com a velocidade exigida na análise de riscos, não é viável (nem compreensível) que se faça toda a busca, cruzamento e consolidação das informações de forma manual, com pesquisas em diversos sites para verificação individual de cada ponto a ser investigado. 

Quanto mais rápida e atualizada for a diligência, maiores são as chances de identificar e prevenir irregularidades e evitar prejuízos legais, financeiros e de imagem.

Por 

Neoway

A Neoway é a maior empresa da América Latina de Big Data Analytics e Inteligência Artificial para negócios. Fundada em 2002, em Florianópolis, lançou a sua plataforma SaaS em 2012, e, hoje, está presente em todo o Brasil.

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