Stakeholders: o que são, quais suas funções e exemplos

SCROLL DOWN

Índice

Os stakeholders são agentes essenciais para empresas de todos os segmentos. Seja influenciando os negócios ou sendo influenciados, eles são parte importante para a tomada de decisões da organização e muitas vezes podem definir os rumos que ela seguirá no mercado.

Neste post, saiba o que são os stakeholders, para que servem, quais são os tipos, suas necessidades, como identificá-los, como engajá-los e muito mais. Acompanhe!

O que é stakeholders?

Stakeholders são todas as pessoas, empresas ou instituições que têm algum tipo de interesse na gestão e nos resultados de um projeto ou organização, influenciando ou sendo influenciadas – direta ou indiretamente – por ela.

A compreensão do termo se torna mais clara ao analisarmos a palavra stakeholder. Ela vem do inglês e nasce da junção de duas palavras: stake, que pode ser traduzido como interesse, e holder, aquele que possui algo. 

Portanto, em outras palavras, é possível dizer que os stakeholders nada mais são do que os grupos ou públicos de interesse da empresa.

No ambiente corporativo, sobretudo nas áreas de comunicação, administração e TI, o termo stakeholder é utilizado para designar as pessoas e/ou os grupos mais importantes para um projeto, ou seja, a parte interessada.

Já o departamento de Compliance precisa ficar atento aos stakeholders para evitar riscos aos negócios, como sanções legais, prejuízos à imagem da empresa, entre outros.

Dessa forma, todas as ações tomadas pela empresa devem partir de um planejamento estratégico e executadas com os stakeholders em mente, uma vez que as práticas e políticas da organização afetam diretamente esses públicos de interesse. 

Por isso, identificar quem são esses agentes é fundamental para o processo de tomada de decisões estratégicas e objetivos de uma empresa.

Para que servem os stakeholders?

Para que uma empresa seja bem sucedida, é necessário que ela entregue resultados – geralmente, na forma de retorno financeiro – para as partes interessadas nela, que vão desde clientes e colaboradores a fornecedores e investidores.

Cada stakeholder tem um certo grau de influência na gestão de projetos e iniciativas de uma empresa. E isso faz com que essas figuras sejam muito importantes do ponto de vista estratégico.

No contexto de Compliance, os stakeholders são os funcionários, fornecedores, clientes e outros parceiros de negócios. Eles precisam ser analisados para garantir que não tragam riscos inerentes para a companhia.

Esses riscos podem acontecer quando um stakeholder é também Pessoa Politicamente Exposta (PEP), por exemplo, ou quando um funcionário possui uma relação de conflito de interesses com um fornecedor.

Por isso, conhecer os stakeholders é fundamental para que as empresas consigam tomar decisões melhores e alcançar seus objetivos sem abrir mão da segurança dos negócios. 

Dessa forma, os stakeholders funcionam como um meio que facilita o entendimento de como a empresa pode seguir melhorando, qual processo deve otimizar e como ela pode gerar benefícios a todas as partes envolvidas.

Leia mais: Seguradoras: faca análise de stakeholders e mantenha seu monitoramento

Quem são os principais stakeholders de uma empresa? Conheça os tipos

Primário

São stakeholders internos que possuem poder de interferir nas decisões e nos processos, e exercem influência direta nas atividades da empresa. 

Geralmente, fazem parte do público interno da organização, ou seja, estão diretamente relacionados com o negócio.

Secundários

Estão diretamente ligados às atividades da empresa, são impactados ou podem impactar suas ações e também têm poder para mobilizar a opinião pública. Geralmente, fazem parte do público externo da organização.

Exemplos de stakeholders em uma organização:

Internos

São stakeholders que estão dentro do ambiente da empresa, que possuem alguma relação formal com ela. Entre eles:

  • Acionistas;
  • Colaboradores;
  • Diretores;
  • Gerentes;
  • Gestores;
  • Proprietários;
  • Sócios.

Externos

São stakeholders que se encontram fora da empresa, mas que possuem algum tipo de interação e são diretamente afetados por ela. São eles:

  • Clientes;
  • Comunidades locais;
  • Concorrentes;
  • Credores;
  • Estado;
  • Fornecedores;
  • Grupos ativistas;
  • Investidores;
  • Meio ambiente;
  • Mídia;
  • ONGs;
  • Público em geral;
  • Sindicatos.

Quais são as necessidades dos stakeholders?

Cada stakeholder deseja uma coisa diferente de cada projeto. Cabe à empresa avaliar junto às partes interessadas o que elas querem – muitos, inclusive, podem ter interesses que sejam prejudiciais ao andamento dos projetos.

A melhor forma de descobrir as necessidades dos stakeholders é por meio da comunicação direta. Isto é, manter-se em contato constante com cada parte interessada e no grau de participação na empresa e descobrir que resultado ela espera, o porquê disso, quando e como ela espera receber sua parte.

E para que isso seja feito, é necessário engajar os stakeholders no projeto. Esse envolvimento é fundamental para que a empresa possa compreender as necessidades dos seus diferentes públicos de interesse.

4 passos para identificar um stakeholder

1° passo: listar as partes interessadas

O pontapé inicial para a identificação dos stakeholders pode ser dado em uma reunião de brainstorming para que sejam listadas todas as possíveis partes interessadas na empresa ou em um projeto em específico.

Nesta fase, não importa o nível de interesse ou o poder de influência de cada stakeholder; o importante é listar os diferentes grupos para que se possa ter uma visão mais ampla de como eles são afetados pela empresa.

Para embasar o brainstorming, o ideal é contar com dados concretos, que podem ser obtidos por meio de pesquisas de mercado, benchmarking da concorrência e relacionamento com os clientes. 

Além disso, é importante contar com pessoas de todas as áreas para aumentar a compreensão sobre a extensão das partes envolvidas.

2º passo: entender os interesses dos stakeholders

Uma vez que a lista de stakeholders estiver formada, é preciso compreender quais são os interesses de cada um desses grupos em relação à empresa ou ao projeto que está sendo desenvolvido.

Como vimos, muitos stakeholders podem ter interesses e expectativas que vão de encontro com os objetivos da empresa ou que podem prejudicá-la. 

Por isso, nesta etapa, é importante considerar também os aspectos negativos. Esse exercício é importante para que a empresa possa identificar quem são seus stakeholders-chave e como tratá-los para que possa atingir seus objetivos.

3º passo: determinar o grau de influência de cada stakeholder

Nesta etapa, a empresa já sabe quem são e o que querem seus stakeholders. O passo seguinte é definir o grau de influência de cada um deles sobre o projeto ou sobre a própria organização.

Quando se fala em influência, trata-se da capacidade de cada stakeholder em impactar no avanço, no atraso ou até mesmo na paralisação de um projeto. 

Aliás, é necessário classificá-los não apenas em relação à sua influência, mas também no que se refere ao seu impacto, seus interesses e sua susceptibilidade.

Ao fazer isso, a empresa tem mais claro como deve dar a devida atenção a cada um desses grupos e entende quem precisa priorizar.

4º passo: classificar os stakeholders por ordem de importância

Definido o grau de influência dos stakeholders, a empresa deve aprofundar essa análise e classificá-los de acordo com a importância que eles têm dentro de cada projeto. Isso pode ser feito, por exemplo, por um sistema de pontuação.

Essa etapa é importante para que a organização possa desenvolver um plano de ação voltado para cada uma das partes interessadas, definir a forma como vai se comunicar com os stakeholders, como pretende obter seu apoio, quais riscos eles podem trazer e como mitigá-los, qual é a melhor forma para resolver conflitos, entre outros.

Para isso, é fundamental que o gestor tenha muito poder de negociação e consiga manter o equilíbrio entre as diferentes partes envolvidas. Portanto, é encontrar um meio termo que consiga satisfazer a todos os grupos de interesse e evite conflitos desnecessários.

Leia mais: Instituições financeiras: por que monitorar grupos de interesse?

3 formas de manter o engajamento dos stakeholders

1. Bom relacionamento

O bom relacionamento se refere à confiança entre todas as partes envolvidas. E esse é um fator fundamental para que as pessoas trabalhem juntas com mais dedicação e afinco. 

Por isso, a construção de bons relacionamentos com os stakeholders pode melhorar o ambiente de trabalho e facilitar a sinergia entre os diferentes agentes e a busca por soluções.

2. Levar em conta aspectos humanos

O termo stakeholder pode nos remeter a algo técnico e um pouco distante do dia a dia da empresa. No entanto, é preciso considerar que, no final das contas, todos eles são ou são compostos (no caso das instituições) por seres humanos.

Essa noção é importante para que se tenha em mente que há um grau de imprevisibilidade inerente ao seu comportamento. 

Por isso, deve-se levar em consideração uma série de aspectos emocionais, o que vai possibilitar a manutenção da harmonia entre as partes interessadas e vai ajudar a solucionar possíveis problemas que surgirem.

3. Comunicação

A comunicação é fator essencial em qualquer organização e é ainda mais importante quando se trata de stakeholders. Isso porque é necessário que todas as partes interessadas nos projetos da empresa estejam a par dos acontecimentos que os envolvem. 

Os stakeholders precisam ter abertura para justificar e argumentar sobre eventuais red flags encontrados durante a avaliação de riscos realizada pela área de Compliance.  

Quanto melhor for a comunicação entre os agentes interessados, melhores serão os resultados.

Importância de monitorar os stakeholders

Importância de monitorar os stakeholders

Evitar impactos negativos na empresa

O monitoramento desses stakeholders permite estabelecer um diálogo positivo com as diferentes partes interessadas, inclusive externas, mas, principalmente, torna possível a manutenção das estratégias de compliance.

Isso evita problemas que podem trazer consequências negativas como danos à imagem, perdas financeiras e implicações legais à organização.

Mitiga riscos

Ao manter um monitoramento contínuo de stakeholders a organização consegue evitar, com maior antecedência, possíveis riscos, sejam eles jurídicos, financeiros ou institucionais.

Leia mais: Riscos legais: quais os principais e como evitá-los?   

Nesse sentido, é preciso buscar por estratégias e soluções, que permitam monitorar e acompanhar possíveis alterações de perfis dos stakeholders – pessoas físicas e, principalmente as jurídicas – como a inclusão em listas negativas, de pessoas expostas politicamente, mudanças de quadro societário, de atividade fim, entre outros. Tudo isso para evitar riscos desnecessários.

Aumenta a proatividade e as chances de sucesso

O monitoramento de stakeholders permite identificar com mais clareza como as diferentes partes são influenciadas e influenciam a estabilidade dos negócios.

Dessa forma, pode-se dizer que quanto mais maduro for esse processo, mais proativos se tornam os agentes envolvidos no que se refere à construção de uma relação com respeito mútuo e objetivos em comum.

Ao monitorar os stakeholders, a empresa garante um ambiente em que prevalecem a transparência e o bom relacionamento entre os diferentes grupos de interesse, ampliando a eficiência das suas estratégias de compliance e mitigação de riscos, que por consequência, permitem uma maior produtividade e competitividade do negócio.

Diferença entre stakeholder e shareholder

Embora sejam muito semelhantes e possuam um ponto de intersecção, shareholders e stakeholders possuem propostas bastante diferentes dentro da empresa. 

Enquanto stakeholder se refere aos grupos de interesse de um projeto ou organização, shareholder diz respeito apenas aos acionistas, isto é, quem possui parte da empresa.

Outra diferença fundamental é que os stakeholders representam pessoas ou organizações que podem ou não investir na empresa. Os shareholders, por outro lado, necessariamente investem na companhia e têm interesse direto nos rumos tomados por ela. 

Afinal, esses agentes detêm parte do capital da organização e são financeiramente impactados pelos ganhos ou perdas que ela tenha no mercado – e, por isso, possuem um poder de influência.

Por fim, pode-se afirmar que aos shareholders importa o aspecto econômico, enquanto que os stakeholders também estão interessados em fatores como ética e política e em outros benefícios que a empresa pode trazer para as partes envolvidas.

Como a Neoway pode ajudar no monitoramento dos stakeholders

Como a Neoway pode ajudar no monitoramento dos steakholders

A Neoway, por meio da ferramenta Neoway Watcher, permite a análise e o monitoramento contínuo de stakeholders.

Leia mais: Neoway Watcher: facilite a gestão de compliance e o monitoramento de riscos 

Nossa plataforma permite o acesso a milhões de dados sobre todas as empresas do Brasil, bem como o monitoramento de informações sobre organizações e pessoas.

Dentre suas principais funcionalidades, destacam-se:

  • Monitoramento contínuo: monitore informações sobre empresas e sócios para garantir a segurança dos seus negócios;
  • Padronização da política de compliance: mantenha os critérios de análise consistentes e permeados por toda a organização;
  • Alertas: receba alertas sempre que forem detectadas ações suspeitas ou fora do comum;
  • Histórico de decisões: acesse o histórico sempre que precisar justificar decisões e ações estratégicas;
  • Personalização: personalize listas, dados e níveis de criticidade sem precisar programar ou pagar custos adicionais.

Conclusão

Identificar os stakeholders da empresa é essencial para garantir a segurança dos negócios. Afinal, são pessoas ou organizações cujos interesses afetam ou são afetados pela atuação da empresa.

Essa identificação auxilia o processo de tomada de decisões e ajuda a evitar os riscos de compliance que podem afetar qualquer negociação. 

Assim, é possível encontrar possíveis problemas e tomar decisões rápidas para proteger os negócios e a imagem da organização perante o mercado e a sociedade.

Para entender como soluções inteligentes ajudam a manter um monitoramento contínuo e eficiente, acesse o conteúdo Monitoramento de riscos: tenha processos contínuos para perfis de interesse.

Por 

Neoway

A Neoway é a maior empresa da América Latina de Big Data Analytics e Inteligência Artificial para negócios. Fundada em 2002, em Florianópolis, lançou a sua plataforma SaaS em 2012, e, hoje, está presente em todo o Brasil.

Compartilhe este conteúdo:

Assinar Newsletter

Para obter mais informações sobre como tratamos os seus dados pessoais, consulte a nossa Política de Tratamento de Dados e de Privacidade do Site Neoway.

Busque o assunto desejado



Inscrições encerram em:

00 00 00 00

Papo Financeiro

Acompanhe os especialistas do mercado financeiro discutindo sobre inovações e tendências do mercado.

Participações confirmadas de:

Paula Godke

Paula Godke

Senior Head de Riscos de Crédito, no Santander
Camila Caresi

Camila Caresi

Diretora de GRC, na Pay4Fun
Gustavo Silva

Gustavo Silva

C6 Bank
Alessandra Ribeiro

Alessandra Ribeiro

Tendências Consultoria
Inscreva-se agora!

CUSTOMIZE SUA EXPERIÊNCIA

Sobre o que você quer saber mais ?

Digite aqui o que você procura

Use nossa ferramenta de pesquisa para adaptar a experiência do site às suas necessidades.

Digite aqui o que você procura