A jornada até aqui: como virei CTO da Neoway

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A história de como virei CTO da Neoway começa em 2014. Para quem não se lembra, foi o ano em que a Apple fez a primeira mudança radical no iPhone 6, a Amazon apresentou um alto-falante com uma tal de Alexa embarcada e, no campo do futebol, nada que seja bom de lembrar aconteceu.

Para quem está do lado de quem desenvolve software, Netflix e Spotify eram duas das empresas que se destacavam. A norte-americana do tudum foi pioneira no uso da arquitetura de microsserviços em grande escala. Já os suecos do app musical lançavam a API Web aberta, permitindo que devs externos criassem aplicativos e integrações usando dados.

Guarde essas duas informações, porque eu vou voltar nelas daqui a pouco.

É claro que eu não ia mencionar o ano do 7 a 1 se não fosse por um bom motivo: ele marcou minha entrada na Neoway como desenvolvedor de software na área de dados. Uma das minhas primeiras funções era fazer o que chamamos de ETL (sigla em inglês para “Extrair, Transformar e Carregar”) dos dados. Esse processo dá suporte para todo tipo de inteligência de dados que você possa imaginar. 

No fim do dia, não adianta coletar dados de várias fontes e gerar índices, relatórios e tomar decisões se a sua matéria-prima não for confiável.

Tudo começa com uma visão

Mais do que trocar a linguagem A pela B ou o método de fulano pelo de sicrano — o que é comum no desenvolvimento de software —, surgiu lá em 2014 uma visão diferente. De certa forma, a Neoway foi criada como uma plataforma, não só na parte de dados, mas também na parte de aplicação como um todo. Nós conseguimos escalar pilares de atuação só customizando nossas aplicações.

Começamos coletando dados valiosos para Sales & Marketing e criamos ofertas para casos de uso desse setor. Depois, fizemos o mesmo usando a nossa plataforma e configurando para ofertas no pilar de Risk & Compliance; agora, estamos entrando no mercado de capitais, com o diferencial de sermos uma empresa do grupo B3, a Bolsa do Brasil.

A visão de plataforma nasceu em 2014 e foi evoluindo ao longo do tempo. Alguns anos mais tarde, me tornei VP dessa área e ajudei estrategicamente a Neoway a guiar o time de tecnologia por esse caminho.

Pode parecer fácil, mas se pensarmos que “plataforma de dados” é o negócio da Neoway, há uma série de obstáculos estratégicos. Depender de uma tecnologia desenvolvida pelo mercado é um deles. 

Por isso, sempre tivemos uma veia criativa, um “jeito Neoway” de fazer as coisas. Escolhemos criar nossas próprias plataformas e desenvolver nossa tecnologia. Isso foi fundamental para a Neoway no passado e acredito que nunca vai deixar de ser.

Para não dizer que não falei da arquitetura

Na época dessa “virada de chave”, nossa arquitetura era toda monolítica, e essa característica trouxe algumas dificuldades. A principal era a demora para que os dados coletados, limpos e enriquecidos estivessem disponíveis na plataforma. Podia levar até uma semana para indexar uma informação — o que já era um século na época e hoje é praticamente uma eternidade.

Havia outros desafios, como organização das informações, problemas com qualidade de dados e escalabilidade complexa. Para saber os bastidores dessa história, tem um artigo interessante que aborda vários desses aspectos no nosso blog técnico, o Neoway Labs Tech.

Por ora, vale dizer que com um ano e pouco de empresa as lideranças confiaram no meu time para desenvolver uma nova arquitetura de processamento de dados.

Lembra da Netflix? A reestruturação baseada em microsserviços usou a empresa como uma das referências, já que existia muito pouco sobre o assunto sendo desenvolvido por empresas brasileiras na época.

Implementamos testes em toda a plataforma para que fosse mais fácil o desenvolvimento e para diminuir os problemas de qualidade. Outra questão obrigatória era que os dados fossem coletados e indexados quase em tempo real ou o mais rápido possível.

Novas necessidades surgiram, como estruturar um data lake para reunir todos os dados em um lugar só, garantir que os times de analytics tivessem acesso aos dados, manter a governança dessas informações e várias outras. Vale lembrar que a LGPD nem estava em pauta ainda.

Lembra do Spotify? Hoje, a oferta de dados via API permite que a Neoway atenda a diversos mercados e realize o processamento massivo de dados em uma velocidade assombrosa.

Novos desafios como CTO

Com a explosão de inteligência artificial, machine learning e outras tecnologias derivadas, estar na Neoway permite ver “de camarote” a inovação acontecendo. 

Como CTO, passo a liderar a estratégia tecnológica da Neoway — e as possibilidades são praticamente infinitas de colaboração com os times de outras empresas do grupo B3.

Nesse quesito, as disciplinas técnicas são essenciais, assim como a visão de produto que o nosso CPO, Rafael Lessa, deve trazer nesse espaço nas próximas semanas. Do lado da gestão, o mantra “liderar pelo exemplo” nunca fez mais sentido — e é um tema legal para uma próxima coluna por aqui.

Não tenho dúvida de que o “jeito Neoway” vai contribuir muito para que o grupo B3 alcance o objetivo de se tornar a empresa mais relevante de dados e analytics do país.

Ah se eu contasse isso para o Matheus Vill de 2014… não sei se ele ia acreditar.

Por 

Matheus Vill

Líder da estratégia tecnológica da Neoway, Matheus Vill começou na empresa em 2014, como Desenvolvedor de Software, tornou-se Head da Plataforma de Dados em 2018 e, de março de 2021 até junho deste ano, atuou como VP na mesma área. Atualmente, é CTO da companhia.

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