A cada dia que passa nos deparamos com grandes quantidades de informação, tecnologias, inovações, dispositivos e servidores com os quais precisamos nos adaptar e inserir em nossas rotinas.
Mas, como fazer com que todos se conversem de forma simples e prática? Existe alguma maneira de conectar sistemas e garantir que se comuniquem entre si? É o caso das APIs, tema que abordaremos ao longo deste post, bem como sua função, importância e casos de uso.
O que é API
Ao pé da letra, a sigla API refere-se ao termo em inglês “Application Programming Interface”, que, na tradução para o português, significa “Interface de Programação de Aplicativos”. Mas, o que isso quer dizer na prática?
De forma simples, as APIs são como um tipo de “ponte”, responsáveis por integrar sistemas e conectar aplicações, podendo ser utilizadas nos mais diferentes negócios.
A partir delas, é possível automatizar diversas atividades rotineiras, o que garante otimização de tempo, recursos e esforços às empresas.
Muitas pessoas têm dificuldade em entender o conceito de API, pois ela é invisível ao usuário comum. Não conseguimos enxergar a “ponte” de fato no nosso dia a dia. Nós só visualizamos a interface dos softwares e aplicativos que ela conecta, como Facebook, Google Maps, entre outros.
Por isso, vamos pensar em uma analogia simples, utilizando o exemplo de um restaurante, onde o garçom serve como interface entre um cliente e a cozinha.
Ao entrar no restaurante, um consumidor (imaginemos aqui um site ou mobile) analisa o cardápio, decide o prato que vai comer e, então, faz o seu pedido ao garçom (API). Em seguida, esse mesmo garçom vai até a cozinha (servidor) solicitar o pedido. Quando o prato fica pronto, ele leva ao cliente.
A entrega do prato (resposta da API) depende do gerenciamento da comunicação do pedido, estrutura da cozinha, agilidade dos cozinheiros. É assim que funciona com as APIs também.
No entanto, enquanto a comunicação com um ser humano (o garçom, no exemplo acima) acontece por meio de uma linguagem verbal, no caso de uma API, envolve o trabalho de profissionais de programação, por meio de códigos, definição de regras e instruções.
Resumidamente, por meio das APIs, é possível que aplicativos conversem uns com os outros sem o conhecimento ou intervenção de outros usuários. E o mais importante, essa comunicação garante segurança dos dados, facilidade no intercâmbio entre informações com diferentes linguagens de programação e redução de falhas no processo.
Quais os tipos mais comuns de API?
Basicamente, existem dois tipos principais de API. São elas:
APIs públicas
São disponibilizadas ao público junto a sua documentação e sem processos complexos de validação de identidade de seus clientes, podendo ser acessadas por meio de um cadastro, por exemplo. É o caso das APIs utilizadas em redes sociais, de forma gratuita.
APIs privadas
São aquelas que oferecem maior restrição sobre seus acessos e dados disponíveis, podendo ser monetizadas para clientes.
Elas também podem ser utilizadas para otimizar processos internos. Nesse caso, as informações são acessadas somente por pessoas autorizadas, por meio de login e senha. Os principais exemplos são os streamings.
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Qual a função de uma API
Conforme comentado anteriormente, a função primordial de uma API é fazer com que sistemas que possuem linguagens distintas se integrem de uma forma ágil e segura, sem a necessidade de interação de um usuário.
As APIs são cada vez mais utilizadas por negócios de tecnologia e de software, pois permitem integrar seus sistemas próprios a produtos de outras empresas. Com isso, os clientes conseguem acessar dados e informações diretamente na plataforma que preferirem.
Sendo assim, a API também tem como função facilitar e simplificar o trabalho de desenvolvedores, pois dispensa a criação de códigos personalizados para cada função que um programa for executar. Isso facilita a criação de novos aplicativos, softwares e plataformas em geral.
Além disso, a partir de APIs é possível fazer com que ferramentas e funcionalidades de determinados aplicativos sejam acessadas em outros, sem nenhuma complexidade. Um exemplo que ilustra bem esse cenário é o uso do Google Maps por outras plataformas.
É o que acontece quando sites de hotéis e restaurantes fazem uma integração com o Google Maps para que o cliente veja o melhor caminho para chegar ao destino desejado.
Esse processo só é possível por meio de uma API. Neste caso, ela foi utilizada pelos desenvolvedores do site do hotel ou restaurante, para que conseguissem inserir o código do Google Maps em algum local de sua plataforma. É a API que garante a comunicação entre esses dois sistemas online.
Vantagens das APIs
Além de possibilitar a conexão de diferentes aplicações, simplificando a vida dos usuários, a utilização de APIs engloba algumas outras vantagens importantes.
Se compararmos a outras formas de integração de sistemas, a pessoa responsável por realizar esse trabalho precisa, na maioria dos casos, instalar recursos que sejam compatíveis com a plataforma na qual se quer integrar.
Isso, no entanto, requer mais tempo e trabalho, o que acaba resultando em atraso na geração de negócios de uma empresa.
A API garante que diferentes bancos de dados, por exemplo, se integrem de uma forma muito mais fácil e ágil. Ou que um sistema ERP troque informações com outra plataforma rapidamente.
Fora a praticidade, a integração por API também envolve uma segurança de dados muito superior quando comparada a outros métodos.
Isso acontece porque as APIs são capazes de bloquear acessos e permissões a dados de softwares e hardwares que outras aplicações não conseguem.
Elas criam uma espécie de “portão”, no qual apenas um conjunto específico de informações – definido pela empresa proprietária da aplicação – estará disponível para integração.
Sendo assim, o controle de acessos é outro ponto positivo. Ao utilizar uma API, o programador pode acompanhar exatamente quem acessou as informações do seu sistema interno, quando, de onde e o que consultou.
3 exemplos de uso e aplicações de API
Em um mundo cada vez mais interconectado, a quantidade de APIs que está presente no nosso a dia a dia é imensa. No entanto, às vezes acabamos utilizando softwares e aplicações sem nos dar conta que existe uma interface de programação por trás. Vamos relembrar alguns exemplos práticos de API:
Redes sociais
Facebook, Twitter, Google+, LinkedIn, Instagram, Pinterest. Difícil imaginar alguém, nos tempos atuais, que não utilize pelo menos uma dessas aplicações, não é?
Quando entramos em algum site e encontramos os botões de compartilhamento (ícones das redes sociais) ou a opção de “Faça login com sua conta do Facebook/Gmail/etc”, isso tudo se dá por meio de APIs.
Ou quando vamos postar uma foto ou vídeo no Instagram e usamos a opção de compartilhar a mesma publicação automaticamente no Facebook. Também por API.
Ao se cadastrar no aplicativo do Uber, por exemplo, podemos fazer o registro da conta por meio do telefone celular ou também pelo botão de login com o Facebook. Como muitas pessoas já deixam a rede social logada nos seus smartphones, acabam escolhendo essa opção por ser mais prática.
Essa possibilidade de logar em diferentes aplicativos com o mesmo login e senha ocorre por meio de API e facilita a experiência do usuário na plataforma.
Pagamentos
Um exemplo bem simples que vivenciamos no dia a dia são as compras online, que só são possíveis em função de APIs desenvolvidas entre sites/e-commerces e operadoras de crédito.
Afinal, quando compramos algo pela internet, a plataforma utilizada para pagamentos – na hora que colocamos os dados do cartão de crédito – deve estar integrada à operadora do cartão. Negócios conhecidos como Buscapé, Decolar, Google Shopping só existem por conta das APIs.
Quando compramos ingressos online, de cinema ou teatro, por exemplo, o site de ingressos utiliza uma API para enviar as nossas informações bancárias a um aplicativo remoto, que verifica se os dados estão corretos.
Depois de o pagamento ser confirmado, esse aplicativo envia uma resposta ao site de ingressos, liberando a compra.
Outras empresas conhecidas, como Pagseguro, Cielo, PayPal e MercadoPago também permitem que os usuários realizem pagamentos em plataformas de e-commerce sem cadastrar os dados do cartão no site da loja.
Isso só acontece por conta das APIs dessas ferramentas, que integram informações de login e senha do usuário com as lojas virtuais.
Softwares de Marketing e Vendas
Já no universo B2B, um caso clássico de API é a integração entre softwares de marketing e vendas.
Por exemplo, em uma plataforma de automação de marketing existem dados de leads e prospects que são fundamentais para o time de vendas se inteirar sobre as oportunidades de negócio e dar início a uma possível abordagem comercial.
Nesse caso, por meio de uma API, as informações de um lead qualificado são encaminhadas do software de marketing para o sistema de CRM, para que a equipe de vendas possa utilizá-las para embasar a negociação. Neste caso, ocorre uma troca de dados para automatizar um processo que seria manual.
Outro exemplo semelhante é quando um software de CRM dispõe de um botão ao lado do número de telefone que possibilita realizar uma chamada de voz. Isso acontece devido a uma integração com uma provedora de telefonia VOIP que permite deixar a chamada gravada depois. Aqui, o objetivo principal da API é criar uma nova funcionalidade.
Neoway API: sem limites para a integração de dados
Em empresas de software, como é o caso da Neoway, APIs são criadas sobretudo para que seja possível integrar dados diretamente no sistema de preferência do cliente. É uma das formas pelas quais entregamos nossas soluções para as empresas.
Ou elas contratam nosso modelo de negócio PaaS e utilizam nossa plataforma com as funcionalidades default ou optam por consumir a inteligência das nossas soluções de forma customizada, diretamente no sistema que quiserem.
A Neoway API permite que os dados coletados por nós se integrem a outros produtos e serviços de escolha do cliente. Todas as soluções da Neoway podem ser utilizadas via API e um caso comum é para enriquecimento de dados.
Por exemplo, um profissional que atua na área de compliance e é responsável por fazer a diligência dos fornecedores da empresa em um sistema interno próprio. Ele precisa analisar dados relacionados a listas restritivas, trabalho escravo, Pessoa Politicamente Exposta, entre outros para dar um parecer.
Por meio da API da Neoway, o profissional consegue “puxar” todas as informações necessárias para a diligência a partir de um CPF ou CNPJ (campo-chave) e, em poucos segundos, acessá-las diretamente na plataforma própria.
É como se o sistema interno da empresa estivesse consultando o banco de dados da Neoway, agregando informações relevantes para a rotina do profissional.
Conheça alguns exemplos de APIs oferecidos pela Neoway ou seus parceiros:
- Onboarding / Validação cadastral: utilizada para validar dados de pessoa física e dados cadastrais de pessoa jurídica, busca de processos nos tribunais de justiça, listas de trabalho escravo, Pessoa Politicamente Exposta, mandados de prisão, entre outros.
- Prevenção contra fraudes: APIs que englobam reconhecimento facial, OCR/validação de documentos com o objetivo de mitigar fraudes, documentoscopia, background check e acesso à base de mais de 300 mil fraudadores.
- Análise e concessão de crédito: a partir do envio de informações cadastrais, é possível agregar dados da Neoway como ativos, passivos, vínculo e probabilidade empregatícia, participações societárias, bens e base processual, score de crédito, pontualidade do pagador, pendências financeiras e consulta à CPFs.
- Ecommerce: API que verifica e valida informações em compras online com exatidão e agilidade, com objetivo de evitar perdas. Com base no CPF informado, retornamos um score confiável de probabilidade de e-mails, telefones e CEP pertencerem àquele CPF.
- Importação/Exportação: API’s utilizadas para validação de informação referente à importações e exportações, que também permitem criar score e flags para área de compliance e modelos de propensão à lavagem de dinheiro envolvendo portos.
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Conclusão
Diante do que mostramos neste artigo, é possível perceber a importância das APIs nas nossas rotinas. Afinal, elas permitem que sistemas diferentes conversem entre si, e compartilhem serviços e informações, tudo isso de forma prática, rápida e segura.
Por meio do desenvolvimento de uma API, uma plataforma pode utilizar as funcionalidades de outra. Sendo assim, é a interface ideal para quem busca uma integração completa, com acesso claro e seguro às informações.