Entre as atividades que compõem as instituições que trabalham com finanças está a gestão dos dados transacionais.
Por se tratar de uma prática que lida com dados de terceiros, é um sistema extremamente sensível e precisa manter-se em conformidade com a lei para garantir a segurança das informações dos clientes.
Isso significa uma grande responsabilidade para empresas com acesso a tais informações. Afinal, a exposição ou o mau uso pode gerar severos danos financeiros, reputacionais e jurídicos ao negócio.
Se você deseja saber mais sobre os dados transacionais e as melhores práticas e desafios para sua gestão, continue a leitura.
O que são dados transacionais?
Dados transacionais são aqueles recolhidos por meio de transações. Por isso, são comumente extraídos em pontos de venda ou por meio de plataformas digitais que envolvem comércio e operações monetárias.
No mundo digital, há dois principais tipos de organizações que lidam diretamente com os dados transacionais:
- instituições financeiras, que recolhem informações de seus clientes quando realizam pagamentos, enviam transferências ou solicitam empréstimos;
- comércio eletrônico, que lida com dados pessoais de cartão de crédito, chaves PIX e cadastros em suas plataformas.
Os dados transacionais são processados e armazenados em sistemas específicos e, muitas vezes, reutilizados em operações futuras.
Em suma, são registros de compras, vendas, trocas, entradas e saídas, atualizações de estoque, histórico de pedidos, hora da transação, local da solicitação, preços, formas de pagamento, descontos e qualquer outra informação relevante.
Tais bancos de dados são gravados em linhas individuais em vez das tradicionais colunas, o que permite o acesso de todas as informações sobre um cliente de forma simples e prática.
Naturalmente, é muito importante que os dados transacionais sejam atualizados com frequência, tendo em vista o dinamismo do segmento. Pessoas se mudam, trocam de cartões, envolvem-se em processos jurídicos. Tudo isso modifica a forma de se lidar com essas informações.
Quais são os principais desafios das instituições financeiras em relação aos dados transacionais?
Os dados transacionais, como já mencionado, são importantíssimos para as instituições financeiras. Contudo, existem algumas barreiras que geram dificuldades ao manuseá-los:
Segurança
Bancos lidam com um bem essencial à sociedade: o dinheiro. É justamente por isso que são alvos constantes de tentativas de fraudes, tanto instituições quanto seus clientes. Por essa razão, é preciso tratar a segurança cibernética como prioridade.
Gestão de risco
Por lidar com ativos altamente pessoais, as políticas de gestão de riscos em instituições financeiras devem receber atenção especial. Sistemas antifraude, que bloqueiam ameaças e suspeitas de golpes, exercem um papel crucial nessa tarefa.
Conformidade
O setor financeiro é um dos mais vigiados pelas agências reguladoras. O vazamento de dados pode gerar sérios danos à imagem da empresa, além de imbróglios jurídicos, danos financeiros e até mesmo a paralisação das operações.
Velocidade
Com a inovação tecnológica, as transações passaram a ser imediatas. Um exemplo é o PIX, que realiza operações instantâneas. Por isso, agir de maneira rápida e preditiva é essencial para evitar problemas com dados transacionais.
Volume
Outra problemática comum ao lidar com dados transacionais é a grande quantidade de informações armazenadas, processadas e acessadas. Por essa razão, tecnologias como a inteligência artificial e o aprendizado de máquina emergem como soluções para lidar com volumes significativos de dados.
Integração
Muitas organizações utilizam múltiplas plataformas para lidar com os dados transacionais. O que ocorre em um maior nível em instituições financeiras, responsáveis por uma vasta gama de serviços, como investimentos, empréstimos, pagamentos, seguros e depósitos. A integração entre tantos recursos pode se apresentar como uma dificuldade.
Análise
Analisar um leque infindável de dados que se renovam com uma velocidade constante pode ser um grande desafio para instituições financeiras. Nesse cenário, as ferramentas automatizadas se apresentam como grandes aliadas.
Como conhecer melhor uma base de clientes?
Por outro lado, conhecer bem a base de clientes por meio do uso dos dados transacionais é vital para o sucesso financeiro de um negócio.
Porém, com o alto volume de informações, velocidade de atualização e impossibilidade de análise manual, alguns sistemas vêm ganhando força nos últimos tempos.
São as tecnologias de inteligência artificial, que modelam dados, identificam possibilidades de fraudes, apontam anomalias e aperfeiçoam o próprio sistema para se proteger contra novos golpes, que se renovam com recorrência.
Quais são as melhores práticas para ambientes transacionais?
Os ambientes transacionais são aqueles nos quais são armazenados e manuseados os dados transacionais. Eles são utilizados para diversas finalidades, entre as quais se destacam:
Experiência do cliente
Os dados transacionais podem gerar personalização no atendimento ao cliente, assim como oferecer condições que sejam benéficas para grupos ou indivíduos.
Backup
Bancos de dados estão sujeitos a invasões e falhas. Por isso, manter backups para potencial recuperação dos mesmos é recomendado.
Atualização
Especialmente em instituições financeiras, a atualização dos dados deve ocorrer em tempo real. Isso permite que as operações sejam realizadas sem causar atrasos e constrangimentos aos clientes.
Auditoria
O monitoramento, a higienização e a avaliação regular dos bancos de dados são necessários para garantir um bom funcionamento dos processos e evitar potenciais falhas no sistema.
Prevenção
É melhor prevenir do que remediar. Por isso, os dados transacionais devem ser utilizados como meios de observação para prevenção de potenciais ameaças à companhia.
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