FedNow: como funciona o “Pix americano”, que será lançado em julho

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Na esteira do sucesso do PIX no Brasil, outros países resolveram criar operações de transferência instantânea de valores similares. É o caso dos Estados Unidos, que anunciaram o lançamento, a partir de julho de 2023, do FedNow, seu sistema de pagamentos instantâneos. 

Em um comunicado de março, o Federal Reserve (Banco Central americano) disse estar concluindo seu programa de testes e certificações: “Mais recursos e aprimoramentos serão adicionados em versões futuras para continuar a oferecer suporte à segurança, resiliência e inovação no setor à medida que a rede FedNow se expande nos próximos anos”, informou a nota da entidade.

Apesar das semelhanças, o FedNow terá um funcionamento diferente do Pix. No Brasil o BC obriga que todas as instituições financeiras com mais de 500 mil clientes implementem a plataforma. Já nos EUA, o FED não obriga as instituições financeiras a participarem da iniciativa.

Além disso, os EUA possuem mais bancos regulados de maneira regionalizada. Assim, as tarifas podem se modificar conforme a localidade e a instituição financeira. O país possui mais de 4 mil bancos comerciais, enquanto o Brasil possui 161 instituições (conforme os dados do BC).

Veja um balanço dos dois anos do PIX no Brasil

O PIX é o favorito dos brasileiros

Segundo levantamento feito pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o PIX foi a escolha favorita dos brasileiros entre as transações no ano de 2022. Foram efetuadas 24 bilhões de transações via PIX, de um total de 63,062 bilhões de operações feitas no ano.

Transações efetuadas pelos brasileiros em 2022:

  • PIX: 24 bilhões
  • Cartão de crédito: 18,2 bilhões
  • Cartão de débito: 15,6 bilhões
  • Boletos: 4 bilhões
  • TED: 1,01 bilhão
  • Cheques: 202,8 milhões
  • DOC: 59 milhões
  • TEC: não informado.

Seguindo a facilidade da transferência instantânea do Pix, o FedNow seguirá este movimento. O serviço ficará disponível em instituições financeiras de diferentes portes e permitirá que as movimentações sejam feitas em tempo real, 24 horas, todos os dias.

Bancos deixarão de emitir DOC e TEC a partir de fevereiro de 2024

As transferências bancárias por meio do DOC (Documento de Ordem de Crédito) e da TEC (Transferência Especial de Crédito) estão com os dias contados.

Foi o que anunciou a Febraban. Segundo a entidade, todos os bancos associados deixarão de oferecer estas modalidades de transferência até o dia 29 de fevereiro de 2024.

Essas operações, que são cobradas e mais demoradas, perderam espaço para o PIX. Para quem ainda é adepto da TED (Transferência Eletrônica Direta), uma boa notícia: por enquanto, ela não vai ser descontinuada (veja as diferenças entre os modelos mais abaixo).

Datas para o fim do DOC e da TEC:

  • Os clientes, pessoas física ou jurídica, só podem emitir DOC ou TEC até as 22h do dia 15.1.2024
  • Clientes podem agendar o envio de DOC ou TEC para até 29.2.2024
  • Bancos devem fechar os sistemas de recebimento e processamento de DOC e TEC também no dia 29.2.2024.
  • Todas as operações relacionadas a DOC ou TEC devem ser extintas ainda no dia 29.2.2024.

Quais as diferenças entre DOC, TEC, TED e PIX?

  • DOC: valor máximo de transferência de R$ 4.999,99; crédito na conta do beneficiário, de outro banco, ocorre no dia útil seguinte; bancos cobram tarifas que variam de R$ 18 a R$ 23,50 por transação.
  • TEC: valor máximo de transferência de R$ 4.999,99; crédito na conta do beneficiário, de outro banco, ocorre até o fim do mesmo dia da emissão; ordem de transferência permite o pagamento a um conjunto de beneficiários e há cobrança de tarifa.
  • TED: não há limite de valor; crédito ocorre até o fim do dia, se emissão for feita até as 17h de um dia útil, podendo levar poucos minutos; bancos cobram tarifas que variam de R$ 18,75 a R$ 23,50 por transação.
  • PIX: não há limite mínimo ou máximo de valor de transferência; crédito na conta do beneficiário, em qualquer banco, ocorre instantaneamente, 24 horas por dia, inclusive aos feriados; não há cobrança de tarifa para pessoas físicas e, nos demais casos, o custo é baixo.

Outra diferença é que, para emitir um DOC, o cliente deve preencher diversos dados do beneficiário, como nome completo e CPF. No caso do PIX, basta preencher uma chave, que pode ser o número do celular, o CPF ou email, por exemplo. Ela também pode ser salva para envios futuros, agilizando o processo ainda mais.

Gostou das notícias? Tire todas as suas dúvidas sobre o PIX brasileiro, que tem inspirado outros países pelo mundo.

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A Neoway é a maior empresa da América Latina de Big Data Analytics e Inteligência Artificial para negócios. Fundada em 2002, em Florianópolis, lançou a sua plataforma SaaS em 2012, e, hoje, está presente em todo o Brasil.

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