Como o Sebrae-SP usa data analytics para encontrar e potencializar o ecossistema de empreendedorismo
Listas com citações de grandes fundadores de empresas costumam enfileirar clichês: aspirações de um futuro melhor, coragem para arriscar e disposição para o trabalho duro. Não é por acaso: todos esses conceitos estão presentes no caminho de quem resolve “arregaçar as mangas” e “fazer acontecer”.
No futuro, esse tipo de conteúdo provavelmente vai elencar conceitos como análise de dados, tomadas de decisões data-driven já não podem mais ser dissociados do empreendedorismo.
A necessidade de fazer escolhas mais certeiras e traçar estratégias com menor risco de erro é uma constante para companhias de todos os tamanhos. Com mais de quatro décadas de apoio a micro e pequenas empresas, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) sabe por experiência própria o poder de uma mentalidade baseada em dados.
Dados + empreendedorismo: a equação do Sebrae-SP
Num cenário de digitalização acelerada e de busca de soluções para driblar a crise econômica, o empreendedorismo foi a saída para milhões de pessoas.
Um levantamento do divulgado pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em parceria com o Sebrae, o Brasil registrou mais de 3,9 milhões de novos empreendimentos formalizados como micro e pequenas empresas em 2021, crescimento de 19,8% em relação ao ano anterior.
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Usar dados e analisar cenários é uma questão estratégica para Carlos Takahashi, coordenador de relacionamento do Sebrae de São Paulo. Carlos e seu time usam data analytics para entender mercados e, principalmente, encontrar oportunidades.
“Conseguimos, por meio das informações tanto dos nossos clientes quanto das empresas que abrem no Estado de São Paulo saber onde posicionar melhor a nossa equipe técnica, em quais segmentos atuar e qual nicho de mercado abordar para aumentar a cobertura de empresas que atendemos, extrair mais valor e gerar mais valor para essas empresas”
Carlos Takahashi, gerente de relacionamento do Sebrae-SP
Saiba mais sobre os desafios e boas ideias compartilhadas por Carlos Takahashi, do Sebrae-SP no vídeo a seguir:
Filtrando o ruído em meio a tanta informação
Segundo Takahashi, o grande desafio de lidar com um número tão grande de dados é fazer uma curadoria do que realmente é relevante e extrair a informação para uma tomada de decisão efetiva, que se traduz na melhora na vida das pequenas e médias empresas – foco do Sebrae-SP.
Um exemplo desse processo é um relatório de dimensionamento de mercado, que foi criado em parceria com a Neoway, onde os gestores do Sebrae conseguem mapear as mais de 5,7 milhões empresas do Estado de São Paulo.
É por meio desse tipo de inteligência que a organização observa quais são as cidades e bairros onde há menos clientes para posicionar e direcionar ações de marketing e produtos (saiba mais sobre como aumentar a base de clientes com o apoio da tecnologia).
O Sebrae-SP usa a tecnologia da Neoway para encontrar clientes potenciais, grupos econômicos específicos e para criar produtos e soluções para segmentos que antes não eram atendidos.
Ok, então os dados resolvem todos os problemas de um negócio? Não é bem assim: o conselho do líder de relacionamento do Sebrae-SP para pessoas que apostam no empreendedorismo como uma chance de mudar de vida e querem mergulhar no mar de dados é fugir das conclusões fáceis demais.
“O erro mais comum quando trabalhamos com data analytics é pensar que correlação é o mesmo que causalidade”, comenta Takahasi. No Sebrae de São Paulo, o executivo explica que a área de dados do CRM atua para entender e deixar essa diferença mais clara com base em testes de hipóteses e metodologia científica para tomada de decisão.
