“A Uber, maior empresa de táxi do mundo, não possui veículos. O Facebook, proprietário da mídia mais popular do mundo, não cria conteúdo. O Alibaba, gigante varejista com maior valor de mercado, não tem estoque. E o Airbnb, maior provedor de acomodações do mundo, não possui imóveis.”
A frase anterior é uma citação de Tom Goodwin, head de inovação da Zenith Media, no site TechCrunch, voltado à economia digital. É, possivelmente, a descrição perfeita para esse novo modelo econômico que se instaura com a ascensão de novas tecnologias.
Mas, afinal, o que é economia digital? Mesmo que você nunca tenha ouvido falar no termo, é certo que está presente no dia a dia de consumidores e empresas.
É justamente sobre isso que se trata este artigo. Então, se você quer saber mais sobre a economia digital e suas implicações, continue a leitura.
O que se entende por economia digital?
Economia digital se refere ao uso da tecnologia para criar ou ajustar mercados e estabelecer novas formas de se consumir produtos e serviços. É a forma com a qual se conectam os dispositivos na internet das coisas, como dispositivos móveis, bancos digitais, comércio eletrônico, criptomoedas, armazenamento em nuvem etc.
Em outras palavras, a economia digital trata da hiperconectividade e das relações de consumo com ela estabelecidas. Ou, mais especificamente, das transações online por meio da produção, distribuição, consumo e troca de bens e serviços.
Naturalmente, a tecnologia abre as portas para o estabelecimento de novos negócios e maneiras de comprar, vender e trocar no ambiente digital. Com isso, surgem novos elementos econômicos com o poder de transformar a sociedade.
De acordo com o economista e estatístico Thomas Masenbourg, há três componentes essenciais que diferenciam a economia digital da economia tradicional:
- Infraestrutura: softwares, hardwares e outros recursos tecnológicos interconectados a pessoas capacitadas
- E-business: negócios eletronicamente realizados a partir de aplicativos, ferramentas online e plataformas digitais
- E-commerce: vendas de bens e serviços por meio da internet.
Quais os pilares da economia digital?
Na década de 1990, o canadense Don Tapscott, uma das maiores autoridades do ramo de finanças em caráter mundial, lançou o livro “The Digital Economy” (A Economia Digital). No manuscrito, ele relata como a internet poderia mudar a maneira como os negócios eram realizados.
Atualmente, utilizamos nossos aplicativos de smartphone para realizar transações, contratar serviços e comprar produtos, confirmando aquilo que Tapscott previu no início da Era Digital. Negócios anteriormente inviáveis surgiram (e continuam erguendo-se) graças à velocidade com que a inovação chega aos consumidores.
Nesse cenário, destacam-se alguns pilares dinâmicos que caracterizam a economia digital.
Conectividade
A conectividade é o principal alicerce da economia digital. É por meio da rede mundial de computadores, responsável por centralizar a troca de informações, que ocorre essa revolução econômica.
Segurança
Outro pilar diz respeito à segurança da informação. A transferência de dados na economia digital deve ser prioridade, respeitando a proteção dos ativos, privacidade e confidencialidade dos usuários.
Agilidade
As interações na economia digital foram aceleradas. Muitas vezes, em alguns poucos cliques, é possível fechar um negócio.
Eficiência
Por tratar essencialmente de processos automatizados, na economia digital ocorrem poucos erros.
Alcance
A economia digital extrapola barreiras físicas ou territoriais e tende, cada vez mais, à globalização econômica.
Onde é aplicada a economia digital?
Não há limites para onde a economia digital pode ser aplicada. Na realidade, cada vez mais, ela expande seus campos de atuação.
No entanto, existem segmentos em que sua aplicabilidade tende à dominância e, desde já, modifica as rotinas de empresas e clientes. Conheça alguns exemplos a seguir.
Setor financeiro
O setor financeiro foi um dos primeiros a sentir os impactos da economia digital. Pagamentos online, super apps, cartões virtuais, criptomoedas, empréstimos P2P (de pessoa para pessoa) e o uso de inteligência de dados em investimentos são apenas alguns exemplos.
Comércio eletrônico
Outro setor em que já é uma realidade, o comércio eletrônico é caracterizado pela compra e venda de produtos e serviços pela internet por meio de lojas virtuais, marketplaces e leilões online.
Trabalho remoto
O trabalho remoto também se beneficia da economia digital ao alinhá-la com a economia criativa, proporcionando novos meios de se oferecer serviços pela internet.
Entretenimento
A indústria do entretenimento passou por diversas mudanças desde o início da web. Plataformas de streaming revolucionaram o cinema, a música, as notícias e até mesmo as transmissões esportivas. O cenário de jogos eletrônicos é mais um que integra essa categoria.
Educação
A economia digital democratizou o acesso à informação, inclusive em caráter acadêmico. Atualmente, existe uma grande variedade de escolas e universidades que oferecem cursos à distância, além de uma infinidade de cursos livres.
Saúde
Na saúde, a telemedicina já é uma realidade. Além disso, aplicativos para nutrição, bem-estar e exercícios físicos fazem parte do cotidiano do consumidor.
Segmento imobiliário
Tecnologias como a realidade virtual e a realidade aumentada modificaram a forma com a qual se apresenta, negocia e conecta compradores, vendedores e locatários.
Se você gostou deste texto, conheça também o conceito de inovação responsável e saiba como se desenvolver de maneira sustentável.