O que é apetite ao risco e como defini-lo

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O apetite ao risco é uma importante ferramenta para as empresas. Isso porque os riscos são inerentes aos negócios e estar preparado para evitar, lidar e até mesmo buscá-los – dependendo do seu objetivo estratégico – pode dar à sua empresa uma vantagem competitiva frente aos concorrentes. 

Investimentos altos sem o devido retorno, lançamentos equivocados e parcerias comerciais arriscadas são apenas algumas das ameaças que as empresas podem enfrentar. Para garantir a segurança e a rentabilidade dos negócios, ter um plano de gerenciamento de riscos é essencial e parte disso passa por definir o apetite ao risco.

Neste artigo, explicaremos o que é o apetite ao risco, qual a sua importância e como defini-lo. 

O que é apetite ao risco?

De acordo com o ISO 73:2009, apetite ao risco é a “quantidade e tipo de risco que uma organização está disposta a buscar, manter ou assumir”. Importante destacar que os riscos assumidos possuem um propósito e tem como objetivo final ajudar a alcançar os objetivos estratégicos da companhia. 

Por exemplo, ao decidir manter ou encerrar suas atividades na Rússia em meio à guerra com a Ucrânia, uma empresa precisa considerar quais seriam as consequências para sua reputação, operação e rentabilidade em cada um dos cenários e, a partir dessa análise, definir quais riscos pretende correr para alcançar suas metas. 

O apetite pode ser definido a partir de uma matriz de probabilidade e consequência, como no exemplo abaixo:

Imagem de gráfico: Matriz de Probabilidade

A partir da avaliação de cada ameaça, as empresas podem decidir quais riscos precisarão ser evitados, enfrentados e/ou estimulados. 

Por que é importante definir o apetite ao risco?

Como falamos, não existe negócio totalmente seguro e a melhor forma de lidar com essa realidade é estar preparado para enfrentá-la. Ao definir o apetite ao risco, uma empresa consegue se adiantar e prever planos de mitigação e correção essenciais para gerenciar essas ameaças.

Companhias que possuem um plano de crescimento ambicioso ou que estão passando por mudanças, naturalmente precisarão correr maiores riscos para alcançar seus objetivos. Porém, mais risco não significa qualquer risco. Se o seu plano é alcançar maior rentabilidade em uma determinada região de atuação, não há motivo para arriscar uma expansão que demande altos investimentos, por exemplo.

Sendo assim, o apetite ao risco ajuda a direcionar a distribuição de recursos – sejam humanos ou financeiros – da organização de acordo com a meta determinada para o sucesso dos seus negócios. 

Adicionalmente, permite que a empresa desenvolva mecanismos para evitar e lidar com os riscos inerentes ao seu crescimento. Desta forma, é possível diminuir suas fragilidades, ganhar a confiança dos stakeholders, aumentar a vantagem competitiva e evitar ser surpreendida por adversidades.

Apetite ao risco x Tolerância ao risco

Esses termos normalmente são confundidos, porém possuem significados diferentes que precisam ser esclarecidos.

Enquanto o apetite ao risco refere-se ao grau de exposição a perdas que a organização vê como aceitável, de acordo com seus objetivos e recursos, a tolerância ao risco define o nível de variação do apetite que a empresa se dispõe a tolerar.

Por exemplo, sua empresa pode assumir o risco de expandir para um novo país, mas colocar um limite de tolerância no valor do prejuízo que essa nova operação pode trazer e do tempo que pode demorar para começar a dar lucro. 

5 passos para definir o apetite ao risco da sua empresa

Infográfico: 5 Passos Para Definir o Apetite ao Risco da sua Empresa

Passo 1 – Conheça o seu mercado de atuação e a concorrência

Setores mais consolidados, como saúde e financeiro, precisam de confiança; mercados em expansão e constante mudança, como tecnologia, podem exigir uma ousadia maior na hora de definir os objetivos. 

Por outro lado, pode ser que seus concorrentes tenham encontrado uma oportunidade que você ainda não enxergou e estejam assumindo riscos que podem compensar no longo prazo.

Passo 2 – Considere a cultura e os objetivos da organização

Objetivos ambiciosos podem exigir um apetite ao risco maior, ou seja, essas metas irão direcionar quantos e quais riscos a empresa precisa estar disposta a correr. Porém, as ameaças não podem divergir dos valores da organização.

Por exemplo, se uma empresa tem como valor entregar aos consumidores produtos de alta qualidade e precisa aumentar a margem de lucro, trocar os insumos utilizados na fabricação da mercadoria por outros de qualidade inferior pode não ser a melhor alternativa.

Passo 3 – Mapeie os riscos e suas probabilidades

Considerando o mercado e seus objetivos estratégicos, você pode entender quais tipos de perigos a empresa precisará enfrentar para alcançar bons resultados. Depois, é importante entender qual a probabilidade desses riscos virarem realidade.

Essa matriz de risco irá ajudar a criar um plano de mitigação de riscos, ou seja,  mecanismos que permitam prevenir e/ou lidar com casos concretos.

Passo 4 – Alinhe com toda a empresa

Para que o apetite ao risco seja refletido no dia a dia e nas decisões da companhia, todas as partes interessadas precisam estar cientes do que foi definido. Uma política de compliance, por exemplo, pode ajudar a manter todos os envolvidos na mesma página.

Além disso, treinamentos contínuos para reforçar os riscos que se quer correr e aqueles que devem ser evitados são essenciais para manter até mesmo os novos colaboradores cientes das regras. 

Passo 5 – Crie instrumentos para controlar os danos

Além da Política de Compliance que citamos anteriormente, um canal de denúncias pode ajudar no monitoramento de eventuais desvios de conduta que ameacem a segurança da empresa.

Em paralelo, um comitê de ética é necessário para avaliar as denúncias, orientar tanto o denunciante quanto a pessoa denunciada, e tomar as medidas cabíveis. 

Conclusão

Definir o apetite ao risco da empresa ajuda a tomar decisões melhores, orientadas aos objetivos da organização, e prezando por sua segurança e confiabilidade. Em paralelo, é imprescindível construir um plano de gerenciamento de riscos que permita evitar e/ou lidar com as ameaças que podem atingir a empresa. 

Precisa monitorar os riscos oferecidos por fornecedores, parceiros e outros públicos? Baixe o nosso infográfico: Como fazer monitoramento contínuo de stakeholders.

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