Recentemente ouvi um bate papo promovido pela Febraban sobre tecnologia bancária no Brasil. Os dados apresentados evidenciam a premissa de que inovação e tecnologia nunca sairão do radar das instituições financeiras.
O mercado tem buscado serviços ágeis e personalizados, melhores custos e mais segurança para o usuário. Não é à toa que o setor espera investir mais de R$ 45 bilhões em tecnologia neste ano. Além de aprimorar os serviços de TI, as instituições estão muito focadas em Inteligência Artificial, Cloud, ioT e Blockchain.
Essas iniciativas reforçam o quanto a inovação sempre foi encarada com seriedade pelo segmento. A cultura de testes é muito presente no setor e os avanços da economia digital (e os próprios clientes) impulsionam essa movimentação.
Mas inovar também impõe desafios. Um deles, sem dúvidas, é manter o relacionamento com terceiros pautado na transparência, garantindo a eficiência da gestão de riscos e a expansão do negócio.
Tudo isso passa por uma cultura data-driven
Na Neoway, sempre reforçamos o quanto a inteligência de dados está diretamente relacionada à tomada de decisões estratégicas em busca da inovação. Eu poderia deixar aqui exemplos extensos de como isso funciona e impacta as instituições, mas gostaria de falar sobre dois deles:
Inteligência Comercial
Dados ricos e atualizados, somados à tecnologia avançada, permitem que as instituições financeiras enriqueçam modelos e relatórios em busca de uma melhor segmentação. Além disso, passam a ter um conhecimento aprofundado sobre o mercado e sobre seu ICP.
Inovar em vendas e marketing exige que as instituições financeiras tenham informações valiosas para comunicar o diferencial dos seus produtos, conectados às necessidades e exigências do cliente e ao movimento rápido do mercado.
Mitigação de riscos e monitoramento
Em um ambiente altamente regulado, as instituições financeiras precisam conhecer a fundo seus vínculos, prevenir fraudes e atender às regras de compliance. Aqui, uma questão essencial: precisam fazer tudo isso com muita agilidade e inteligência.
Mais uma vez a inovação e tecnologia são protagonistas. Fazer diligências prévias e onboarding em segundos já é possível. Fora isso, com os dados, os processos de KYC, KYE, KYS são essenciais para análise preditivas que evitam prejuízos gigantescos.
Tecnologias disruptivas focadas no usuário
Todos esses movimentos vão ao encontro de outro ponto essencial: quanto essas inovações impactam o dia a dia das pessoas. No meu último artigo, comentei sobre como a experiência do cliente tem sido uma preocupação constante do mercado. E não dá para falar de inovação, sem trazer esse tema de volta.
Clientes buscam por simplicidade e eficiência. E tecnologias disruptivas, aquelas que oferecem novas possibilidades e eficiência aos serviços, sempre estarão na mira do setor financeiro. No fim das contas, a satisfação das pessoas é um dos pontos que também ditam a regra do jogo.
Um passado não tão distante…
Antes de concluir, convido você a conferir o levantamento realizado pela Neoway (em conjunto com a B3 e a Neurotech) sobre o desenvolvimento da tecnologia bancária. Foi ótimo relembrar alguns acontecimentos e ter uma perspectiva clara sobre essa evolução.
Para você ter ideia, em 1980 foram realizados os primeiros testes de caixas eletrônicos e em 1990 os cartões de crédito (pela primeira vez com chip) passaram a ser conhecidos e amplamente usados pela população.
E veja: avançamos muito. Quem diria que, hoje, uma das pautas mais recentes do Banco Central tem sido a utilização dos super apps para a integração de serviços e a tokenização para representação digital de ativos.
Aliás, o próprio Real Digital é um ótimo exemplo disso: o BC tem buscado facilitar transações e pagamentos, simplificar o rastreio do dinheiro e reduzir fraudes. E, para dizer a verdade, vejo que esse é um caminho sem volta e que diz positivamente sobre como o mercado financeiro tem avançado em busca de inovação.