O ChatGPT é um modelo de linguagem treinado pela empresa OpenAI que gera texto semelhante ao humano. Ele pode ser usado para uma ampla gama de tarefas, como compreensão de linguagem natural, tradução de idiomas e geração de conversas.
Com mais desenvolvimento, ele pode ser usado para tarefas como criação de conteúdo, atendimento automatizado e até mesmo escrever código. As possibilidades para IA generativa são vastas e estão em constante evolução.
Você pode não ter percebido, mas os parágrafos anteriores foram criados com ajuda de duas soluções baseada em Inteligência Artificial.
A primeira delas, é o aplicativo mais comentado da atualidade: o próprio ChatGPT. Já a segunda, é uma ferramenta disponível na internet desde 2006 — e que usa tradução automática neural multilíngue desde 2016 — o Google Tradutor. Ou seja: a solução usa uma rede neural artificial para prever a probabilidade de uma sequência de palavras.
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Para o parágrafo de introdução, o prompt feito para o ChatGPT (termo inglês para as instruções inseridas na ferramenta) foi o seguinte: “Explique o que é o ChatGPT e quais são as possibilidades para o futuro da inteligência artificial generativa em 70 palavras”. No caso da ferramenta de tradução do buscador, só foi necessário copiar e colar o parágrafo em inglês para que ela detectasse o idioma e trouxesse o resultado em português.
O fato mais curioso desse exemplo é que reúne duas ferramentas que vêm sendo usadas diariamente e encantando os usuários ao ponto de mudar diversos hábitos de consumo de informação na internet. Em um futuro não muito distante, essas ferramentas devem influenciar — e muito — na forma como é produzido conteúdo na internet.
No artigo de hoje, vamos comentar mais aspectos sobre a primeira delas, o ChatGPT e soluções que usam Inteligência Artificial para a criação de conteúdo. Você também vai poder entender um pouco do que a Neoway já desenvolve nessa fronteira do conhecimento.
O que é o ChatGPT?
O serviço é apontado como a união do poder da Inteligência Artificial com a conversação. Segundo a definição da empresa que criou a solução, a OpenAI, o ChatGPT é um modelo de Inteligência Artificial treinado para interagir por meio de conversas com seus usuários.
Essa não é a primeira solução desenvolvida para responder perguntas feitas pelos humanos — assistentes de voz como Siri (Apple), Alexa (Amazon) e Cortana (Microsoft), já fazem algo parecido.
O ChatGPT se destaca pelas capacidades que vão além de uma simples troca de informação: a possibilidade de manter um diálogo contínuo, admitir seus erros, rejeitar pedidos inapropriados e até mesmo desafiar conceitos incorretos.
Essas capacidades são possíveis porque o modelo é parente do InstructGPT, que é treinado para seguir uma instrução e entregar um resultado detalhado.
O modelo foi treinado usando uma metodologia chamada de Reinforcement Learning from Human Feedback (RLHF), da mesma forma que o InstructGPT. No entanto, no caso do ChatGPT houve um ajuste fino supervisionado: “treinadores humanos de IA forneciam conversas nas quais jogavam dos dois lados — do usuário e um assistente de IA”, explica a companhia.
Assim, os resultados do modelo foram refinados ao classificar duas ou mais respostas diferentes e escolher as versões com maior qualidade. O processo foi repetido por diversas vezes.
Alguns exemplos que podem ajudar a entender a extensão da ferramenta:
- É possível inserir um código de desenvolvimento de software e perguntar ao chatbot o que está errado;
- Você pode pedir para a ferramenta produzir um texto (ensaio, roteiro ou poema) sobre um tema, com quantidade de caracteres específica e indicações de estilo (por exemplo: escreva como se fosse um pirata).
- O ChatGPT é capaz de criar um currículo com base nas informações profissionais do usuário.
Todas essas criações são realizadas em questão de segundos pela ferramenta da OpenAI. Atualmente, o ChatGPT está disponível para teste gratuito, a depender da limitação de número de usuários.
Isso quer dizer que a ferramenta não erra? Não, é possível encontrar diversos exemplos de falhas de lógica do algoritmo nas redes sociais. No entanto, a grande sacada do algoritmo foi demonstrar que há uma abordagem conversacional promissora.
Inteligência Artificial criativa ou generativa
Como já comentamos anteriormente, o ChatGPT não está sozinho no mercado de ferramentas que usam Inteligência Artificial para criação de conteúdos. Esse conjunto de algoritmos pode ser chamado de IA generativa ou criativa, porque tem a capacidade de criar novos conteúdos, seja em áudio, código, imagens, textos, simulações ou vídeos.
A abordagem diferente para o aprendizado de máquina permite que os computadores gerem conteúdos com diversos tipos de uso — combinando diferentes bases. Há a possibilidade, inclusive, de integrar esses sistemas em ferramentas de atendimento, por meio de suas APIs.
A própria OpenAI desenvolve uma API que é usada em outras ferramentas, como o Github Copilot, que ajuda os desenvolvedores a programarem (ou codarem) mais rápido ou o GPT-3 que é usado para corrigir os exercícios de gramática de Francês do Duolingo. Saiba mais sobre como funcionam as APIs e seus principais benefícios.
E nem só de texto vivem as soluções de IA, há alguns meses, ficaram populares nomes como o DALL·E, Lensa e MindJourney. Em algumas dessas ferramentas, é possível até mesmo sugerir que as ferramentas “copiem” o estilo de um pintor famoso ou de uma estética.
Algumas gigantes da tecnologia estão de olho nas possibilidades da IA generativa, caso da Microsoft que está investindo e colaborando com a OpenAI. Mas, não para por aí, a companhia que oferece imagens de arquivo Shutterstock está desenvolvendo sua própria ferramenta de para transformar texto em imagem usando IA.
Se você quer saber mais sobre o assunto, vale a pena escutar o episódio de Bytes & Business, o podcast da Neoway, sobre a IA generativa ou criativa.
Para o segmento corporativo, a chance de integrar uma dessas IAs em soluções e agilizar um atendimento ou mesmo detectar tentativas de golpe, por exemplo, podem render verdadeiros milhões. E as possibilidades não param por aí.
Os perigos do ChatGPT*
O ChatGPT é um modelo de linguagem poderoso, mas, como qualquer sistema de IA, tem potencial para uso indevido ou consequências não intencionais.
Uma preocupação é de que a ferramenta seja usada para criar informações falsas ou enganosas, como vídeos deepfake ou notícias falsas.
Outro ponto de atenção é o uso da ferramenta para criar mensagens de spam ou phishing mais “humanas”, o que pode dificultar a detecção desse tipo de ataque .
Na mesma linha, o ChatGPT também pode ser usado para se passar por indivíduos ou organizações online. Por fim, os textos gerados por máquinas podem perpetuar ou mesmo amplificar vieses presentes nos dados em que o modelo foi treinado, com consequências negativas para grupos marginalizados.
É importante estar ciente desses perigos potenciais e tomar medidas para mitigá-los, como usar o modelo com responsabilidade, ser transparente sobre suas limitações e recursos e monitorar sua saída para possíveis problemas.
* Com leves edições para facilitar a clareza do texto, essas são as “palavras” da própria ferramenta.
ChatGPT, IA criativa e a Neoway
Dentre as várias áreas da IA, a tarefa de aprender é aquela que mais tem encontrado aplicações e a que mais fascina o ser humano.
Imagine o seguinte: calcular um determinante de ordem 10 rapidamente pode parecer interessante (uma tarefa que não envolve aprendizado), mas falar com a Alexa e pedir um som do Raul chama muito mais atenção do público geral.
Além de mimetizar o comportamento humano, na era do data analytics, o aprendizado de máquina pode encontrar padrões que um ser humano não enxergaria. O Score de Compliance oferecido pela Neoway é uma prova disso. Para saber mais sobre a solução, clique aqui.
Para quem quer mergulhar nos conceitos dessa área de conhecimento, vale a pena conferir o artigo que nossos especialistas produziram para o Neoway Labs Tech, nosso blog do time de tecnologia.
