Fraude ocupacional: como o Compliance ajuda na prevenção?

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Fraudes são um tipo de ameaça a que empresas de todos os tipos e tamanhos precisam estar atentas para minimizar prejuízos e implicações legais. E muitas vezes, o risco vem de dentro, com a fraude ocupacional.

Entenda como funciona esse tipo de ameaça e de que forma o compliance pode atuar para garantir a conformidade e proteger os negócios.

O que é a fraude ocupacional?

Fraude ocupacional é um tipo de ação ilícita, na qual um indivíduo tira proveito da função ou cargo que exerce para obter vantagens indevidas e para enriquecimento pessoal.

A prática, também conhecida como fraude interna, engloba uma série de atos: furtos, desvio de ativos e falsificações de documentos e valores estão entre os meios comuns de irregularidades abrigadas sob este guarda-chuva.

Assim, a fraude ocupacional é caracterizada pelo uso inadequado e deliberado ou da má aplicação de recursos de um empregador para benefício próprio. A definição também leva em conta a intencionalidade. Erros humanos podem acontecer e não são caracterizados como fraude. Para que isso aconteça, é necessário dolo para obter vantagem sobre terceiros.

Quais as características comuns da fraude ocupacional?

A Association of Certified Fraud Examiners (ACFE), organização profissional de examinadores de fraudes sediada nos Estados Unidos, aponta quatro elementos em comum entre todos os atos. São eles:

  • Clandestinidade: em geral, funcionários não querem ser descobertos e buscam formas para se manterem anônimos. Isso significa que são pessoas com familiaridade com políticas e procedimentos da empresa para conhecer as brechas;
  • Violação das responsabilidades fiduciárias do funcionário com seu empregador;
  • Intenção de beneficiar o perpetrador;
  • O fato de gerar custos ao empregador.

Quais são as categorias de fraude ocupacional?

A fraude ocupacional é, infelizmente, um tipo de ameaça comum aos negócios. Tão recorrente que pode ser dividida em três categorias principais, que se ramificam em diversas subcategorias.

A primeira delas é a corrupção, definida como um esquema no qual uma pessoa utiliza sua influência em uma transação de forma que viola sua responsabilidade com o empregador para obter benefício direto ou indireto.

Dentro dessa categoria estão práticas como suborno, conflitos de interesses para compras ou vendas e extorsão econômica.

A segunda é a apropriação indevida de ativos, que consiste no roubo ou desvio de recursos da organização. Aqui cabem furtos de todos os tipos, seja por meio de recibos frios, por exemplo, seja pela subtração de valores guardados na empresa.

O último tipo é composto pelas demonstrações financeiras fraudulentas. Neste cenário, o perpetrador intencionalmente provoca uma declaração incorreta ou omissão de informação importante nos relatórios financeiros da organização.

Neste caso, valem estimativas infladas ou reduzidas artificialmente por meio de, por exemplo, divulgação de receitas inexistentes ou subvalorizadas.

O papel do compliance na prevenção a fraudes

Os riscos da fraude ocupacional são grandes, e empresas vítimas podem sofrer perdas na casa das centenas de milhares de dólares.  

Por este motivo, o compliance é uma arma importante para o monitoramento e detecção precoce dos riscos e impedir danos mais graves, além de trazer eficiência e segurança às relações comerciais. Uma cultura de conformidade com as regras pode prevenir perdas irreparáveis.

O relatório “A Report to the Nations 2022” da ACFE aponta que 42% dos casos de fraude são detectados por meio de denúncias. Delas, 55% partem diretamente dos próprios funcionários.

Não por acaso, o documento cita que um dos programas mais eficazes no controle da fraude ocupacional é a instalação de “hotlines”, com canais de denúncia por telefone, e-mail ou web.

Os resultados demonstrados são significativos. Empresas sem esses canais tiveram o dobro de prejuízos com fraudes, em grande parte porque demoram mais para detectá-las. O estudo aponta que sem hotlines, a descoberta levou em média 18 meses, contra apenas 12 meses com a sua utilização.

A otimização dos resultados depende, no entanto, da implementação de programas de treinamento para que os funcionários sejam capazes de reconhecer atos fraudulentos e denunciá-los. O relatório destaca que o treinamento aumenta de forma significativa as chances de detecção de fraude por denúncias e de seu envio pelas hotlines.

Além disso, a ACFE aponta que controles antifraude também são um mecanismo importante que reduzem os prejuízos e ajudam na detecção mais rápida.

Entre as medidas de destaque estão a rotação de tarefas e férias obrigatórias, que desencorajam fraudes, uma vez que o funcionário sabe que outra pessoa assumirá suas funções e poderá descobrir comportamentos antiéticos. Além disso, auditorias-surpresa também se mostraram bastante eficazes.

Conclusão

A fraude ocupacional é um problema real, ao qual empresas devem prestar muita atenção, sob risco de prejuízos gigantescos, tanto financeiros quanto reputacionais. Neste cenário, as ferramentas de compliance surgem como uma forma de minimizar os riscos, permitindo identificar fraudes mais rapidamente e, assim, reduzir as perdas.

Para isso, no entanto, é necessário investir em políticas robustas de conformidade, com a criação de canais de denúncia e treinamento de funcionários para que saibam agir corretamente caso identifiquem fraudes em andamento.Quer saber mais sobre o tema? Confira a trilha especial de podcasts da Neoway Fala, Compliance e entenda como medir a eficiência do departamento.

Por 

Neoway

A Neoway é a maior empresa da América Latina de Big Data Analytics e Inteligência Artificial para negócios. Fundada em 2002, em Florianópolis, lançou a sua plataforma SaaS em 2012, e, hoje, está presente em todo o Brasil.

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