ESG e compliance são áreas diretamente relacionadas. Embora, em um primeiro momento, seja difícil realizar essa associação, esses dois conceitos se encontram em uma série de objetivos.
Afinal, a conformidade corporativa não ocorre somente no âmbito da governança, mas também em questões sociais e ambientais. Se você quer saber mais sobre a relação entre ESG e compliance, chegou ao lugar certo. Neste artigo, entenda mais sobre o vínculo entre essas duas áreas.
O que é ESG?
ESG é uma sigla que se refere a Environmental (ambiental), Social (social) e Governance (governança). São critérios utilizados para avaliar o desempenho das empresas acerca desses três pilares.
O cumprimento das regras não apenas asseguram a regularidade legal da corporação, como também impacta diretamente em outras questões como gestão de reputação, retenção de talentos e atração de investidores.
No cenário atual, todos os stakeholders levam em consideração os critérios ESG, seja para realização de parcerias comerciais, aquisições e fusões ou até mesmo para se tornar cliente de uma companhia. Afinal, pessoas e empresas desejam se relacionar com negócios socialmente responsáveis, sustentáveis e transparentes.
O que é compliance?
Compliance é um termo que diz respeito ao cumprimento de regras, regulamentos, diretrizes, códigos de conduta internos e boas práticas relacionadas à ética e à moral de uma organização.
Ocorre em empresas que precisam estar em conformidade legal em seu setor de atuação. Porém, extrapola a área jurídica, muitas vezes com normatizações próprias que estimulem uma boa imagem do negócio frente aos demais stakeholders.
Em processos de compliance ocorre o gerenciamento de riscos, para evitar processos, penalizações fiscais e danos à reputação corporativa. Assim, são elaborados procedimentos transparentes, há o monitoramento constante e quaisquer outras ações que visem a idoneidade da companhia.
Qual a relação entre ESG e compliance?
Notoriamente, ESG e compliance caminham lado a lado na busca pela construção de um ambiente de trabalho adequado, com preocupação social e ambiental. A primeira associação realizada entre os dois termos se refere ao critério de governança (representado pela letra G, de ESG).
Isso porque o compliance é comumente relacionado à ética corporativa, tal qual a divulgação de documentos fiscais, transparência financeira, prestação de contas, proteção dos direitos de acionistas e práticas de combate à corrupção.
Contudo, essa é apenas uma parte do todo. Atualmente, as atividades relacionadas ao meio-ambiente a ao bem-estar social são levadas em consideração por investidores, parceiros, clientes e outras partes interessadas nas operações da companhia, até mesmo em processos de diligência prévia.
Um bom exemplo ocorre no setor de aquisições. Quando uma empresa deseja adquirir outra, é natural que busque informações sobre as práticas ESG aplicadas. Ao descobrir que há um alto volume de processos trabalhistas ou emissão desregulada de gases tóxicos na atmosfera, isso pode travar a negociação.
Mas não é só isso. Clientes também levam tais questões em consideração, assim como fornecedores, concessionárias de crédito, acionistas e colaboradores, apenas para citar alguns casos.
Nesse novo cenário, o compliance ultrapassa a esfera da legalidade para entrar em questões mais amplas e profundas, como o respeito ao ser humano e à natureza. Assim, não basta se adequar à legislação para evitar processos e multas, mas é necessário manter uma boa conduta diante de preocupações humanitárias para prosperar no ambiente corporativo.
Por essa razão, muitas empresas integram ações de compliance e ESG para aliar ética, responsabilidade social e preocupação ambiental para garantir a saúde financeira ao mesmo tempo em que constrói um mundo melhor.
Como os departamentos de compliance podem assegurar que os princípios de ESG sejam cumpridos?
A aliança entre áreas de compliance e ESG atua para, simultaneamente, observar de perto questões regulatórias, mas também reflexos sociais e ambientais das corporações.
Existe toda uma nova geração de profissionais no mercado voltada a atividades ESG, e esse pode ser um ótimo ponto de partida para dar início à fusão dos departamentos, assim como a capacitação individual e os treinamentos coletivos.
Outro passo importante nesse sentido, seja para a auditoria interna ou avaliação de potenciais parceiros, é a definição de metas e objetivos. Por exemplo: a Lei Geral de Licitações é obrigatória para organizações, que precisam criar Programas de Integridade. Essa é uma questão regulatória.
Mas nada impede que esteja alinhada a critérios de governança corporativa internos, como criação de códigos de conduta e prestação de contas abertas ao público. Construindo, assim, um pacto entre questões exigidas pela lei e encargos determinados pela própria companhia.
O mesmo é válido para questões ambientais, com impacto positivo para o meio-ambiente; e sociais, respeitando não apenas regras impostas, mas estabelecendo diretrizes exclusivas.
Essa lógica pode ser expandida ao realizar a diligência prévia para potenciais parceiros de negócios. Uma maneira de se fazer isso é por meio de plataformas como a Neoway Compliance, que possui bancos de dados atualizados com informações jurídicas e reputacionais de todas as empresas do Brasil.
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