Índice
- Desvendando os derivativos financeiros
- Vantagens em utilizar os derivativos financeiros
- Os principais tipos de derivativos
- Derivativos Climáticos: a nova tendência
- Como funciona o mercado de derivativos?
O mercado de investimentos é dinâmico e oferece um vasto leque de oportunidades. Nesse cenário, os derivativos surgem como uma das opções.
Nesse modelo financeiro, em que o valor é derivado de ativos subjacentes, há possibilidades — e também riscos — que vão além do convencional para gerar lucros ou diversificar as aplicações.
Se você quer saber mais sobre as tendências desse mercado, os principais tipos de derivativos financeiros, chegou ao lugar certo. Neste artigo, descubra tudo que é necessário sobre o assunto.
Desvendando os derivativos financeiros
Derivativos são ativos financeiros atrelados a outros ativos, como ações, moedas, índices, commodities, dólar, café, ouro, petróleo e taxas de juros, por exemplo. Ou seja, não possuem valor inerente: seu preço depende do valor base do ativo no qual se baseia.
Em outras palavras, os derivativos são contratos assinados entre duas ou mais partes que estão sujeitos às oscilações do ativo subjacente. Isso quer dizer que, quando um investidor realiza uma aplicação em derivativos, são acordadas condições prévias e específicas, ativadas mediante a um prazo ou situação determinado no contrato.
Quando esse momento chega, os termos são executados e, por fim, o ativo original passa a ser do investidor.
Um exemplo interessante e semelhante, ocorre no mercado de ações. Quando acontece a aquisição de um derivativo, há a compra de um documento que não repassa a ação a um novo investidor, mas um trato que diz que, em determinadas circunstâncias, o ativo passará para as mãos do comprador.
Pode-se dizer, assim, que trata-se de um modelo de investimento de caráter especulativo utilizado para mitigar riscos.
Vantagens em utilizar os derivativos financeiros
Apesar dos derivativos não possuírem a mesma popularidade de outros modelos de investimentos, os derivativos se destacam por algumas características consideradas vantajosas para o investidor. Abaixo, conheça algumas das principais vantagens.
Proteção contra riscos
Muito utilizados por investidores que desejam proteger-se contra variações inesperadas dos ativos subjacentes, os derivativos servem como garantia de que o preço não sofrerá alterações e, posteriormente, será possível comprá-lo ou vendê-lo pelo valor anteriormente acordado.
Alavancagem
Em muitos casos, os derivativos são utilizados para controlar a posse de mercado com um investimento menor. Embora esse tipo de estratégia permita uma amplificação dos ganhos, também podem representar um aumento nos riscos.
Diversificação de portfólio
Os derivativos cumprem a função de diversificação na carteira de investimentos, já que permitem a aplicação de diferentes investimentos sem a necessidade de focar unicamente em modelos mais tradicionais e conservadores.
Arbitragem
Arbitragem é uma estratégia que visa o lucro por meio da diferença entre a compra e a venda de um determinado ativo. Com os derivativos, isso também acontece. Assim, é possível extrair ganhos por meio das discrepâncias temporárias no preço dos ativos.
Personalização
Por sua natureza adaptável, especialmente no modelo de contratos a termo, é possível customizar os termos do contrato e expandir ainda mais as possibilidades de ganho.
Os principais tipos de derivativos
Os derivativos são formatos de investimento flexíveis. Isso porque existem diversos tipos que podem ser acordados. Os principais tipos são:
Contratos futuros
Nos contratos futuros, o investidor compra ou vende o ativo em uma data predeterminada por um preço futuro também combinado, a chamada data de vencimento. Esse modelo é muito utilizado para proteção contra riscos (ou hedge).
Contratos a termo
Os contratos a termo funcionam em uma lógica semelhante aos contratos futuros, mas são personalizados e negociados no mercado de balcão. Ou seja, não envolvem a padronização daqueles negociados na bolsa.
Operações de swap
As operações de swap, por sua vez, são contratos em que ocorre a troca de fluxos financeiros durante um prazo determinado em contrato. Isso permite que haja ganhos a partir da diferença nas taxas de juros, moedas, commodities e outros ativos.
Opções
As opções possuem uma característica única: a não obrigação do comprador em exercer o contrato de compra ou venda. Ou seja, não há a exigência na data de liquidação do contrato.
Derivativos Climáticos: a nova tendência
Com o avanço do aquecimento global e a possibilidade recorrente de desastres ambientais, os empresários e investidores buscam alternativas de proteção via derivativos climáticos.
A pauta ESG (Environmental, Social and Governance) ganhou espaço na imprensa e nos investimentos na última década. Infelizmente, as condições climáticas do planeta são críticas e persistentes.
O mercado acelerou a procura por mitigação de riscos de impacto em decorrência de eventos extremos como chuvas fortes e temperaturas acima da média.
Segundo o CME Group, subiu em 260%, em 2023, as negociações de produtos, contabilizando US$25 bilhões em derivativos climáticos no último ano. A demanda por derivativos climáticos está aumentando e o número de contratos em aberto atualmente é 48% maior do que há um ano.
“A fragilidade aumentada da volatilidade climática direta, problemas de cadeia de suprimentos, inflação, geopolítica. Isso significa que o clima pode consumir uma parte maior do resultado final agora”, declara Malinow, fundador e CEO da empresa de consultoria Parameter Climate
Os chamados “títulos de catástrofe” estão em alta em Wall Street. A principal procura é pelos derivativos que oferecem uma proteção de ameaças meteorológicas menos graves, entretanto, mais frequentes.
A exemplo de um cenário de catástrofe em menor escala, um derivativo climático pode compensar uma empresa de turismo se houver muitos dias chuvosos ou um fazendeiro caso a temporada de verão muito quente prejudique sua safra.
Um ponto de destaque são os derivativos listados – todos baseados em temperaturas –, onde o CME expandiu suas ofertas no ano passado. Agora, traders e empresas podem comprar opções que cobrem diversas regiões dos EUA e alguns países da Europa.
Como funciona o mercado de derivativos?
O mercado de derivativos funciona por meio de contratos estabelecidos, normalmente atrelados às flutuações da bolsa de valores ou mercados de balcão.
No primeiro caso, as negociações são padronizadas e regulamentadas pelas entidades responsáveis. Já no segundo caso, os valores e requisitos do contrato são negociados diretamente entre as partes envolvidas, o que aumenta sua flexibilidade mas aumenta a possibilidade de riscos não previstos.
Você sabia que a Neoway, uma empresa B3 oferece uma ferramenta para potencializar suas análises do mercado de capitais? Para conhecer mais sobre as soluções direcionadas ao Mercado de Capitais, fale com um de nossos especialistas.