Responsabilidade corporativa é a forma como uma empresa assume o compromisso por suas ações e impactos sobre colaboradores, clientes, parceiros e nas comunidades em que está inserida.
Hoje, no Brasil, 604.037 empresas ativas possuem contra si, ao menos, uma ação trabalhista em abril de 2023, segundo a plataforma Neoway. Os maiores casos estão nos ramos do varejo (41%), serviços administrativos (21%), serviços de alojamento (16%), indústria da construção civil (15%) e serviços diversos (13%).
“Um número alto de ações trabalhistas pode afetar muito uma empresa, destacando-se dois aspectos. Primeiro, o financeiro, pois é necessário garantir aos judiciários que aquela empresa terá condições de arcar com eventuais condenações e isso ‘congela’ alguns valores, seja em depósito judicial ou em provisões nos fundos de caixa. Segundo, o reputacional, afinal esses dados são públicos e a empresa fica sujeita a questionamentos de parceiros comerciais sobre sua confiabilidade”, comenta Nataly Freitas, gerente de GRC (governança, gerenciamento de risco e conformidade) na Neoway.
A responsabilidade corporativa vai além dos três preceitos básicos do ESG (ambiental, social e governança). Ela diz respeito à forma como uma empresa conduz seus negócios a partir do seu relacionamento com as pessoas, seja pensando nas condições de trabalho que oferece aos colaboradores (como remuneração, benefícios, equipamentos, condições de trabalho e ambiente, por exemplo) ou em como sua atividade impacta a sociedade como um todo.
Entretanto, enfrentar ações trabalhistas também pode minar relações comerciais uma vez que é essencial analisar se possui e, se sim, quantas ações trabalhistas um negócio tem antes de se envolver com ele. “[Essa análise deve ser feita] Para evitar riscos de assumir a responsabilidade subsidiária. Se o negócio quebrar, minha empresa corre o risco de ter que pagar a conta, por exemplo. E para assegurar a manutenção daquela parceria, se eu fechar negócio com uma empresa que tenha diversos problemas em ações trabalhistas, em breve, posso ter que descontinuar essa parceria”, explica Nataly.
Respeito às leis e regulamentações valem ouro nos negócios
Uma empresa com responsabilidade corporativa segue as leis e regulamentações vigentes (nacionais ou internacionais) e adota um comportamento ético e pautado pelo respeito à vida em tudo o que faz.
Sendo assim, é importante que todos estejam vigilantes para que a empresa fique longe de situações que envolvem lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e associação ao trabalho escravo, por exemplo, assuntos que infelizmente continuam ganhando o noticiário.
Por isso que, além de olhar para si, é muito importante analisar se os terceiros com quem sua empresa pretende relacionar-se levam, na prática, tão a sério tais assuntos.
“O ecossistema corporativo íntegro depende de todos que o populam. Se eu garantir que todas as empresas com quem meu negócio se relaciona cumprem a lei, minha companhia passa a ser mais saudável e outras empresas buscarão estar adequadas para também fazerem negócios comigo. E [também há um ganho] reputacional, pois nenhuma empresa quer ter seu nome associado ao trabalho escravo. Saber que a minha marca é reconhecida por checar as empresas ou pessoas, agrega um valor incalculável à imagem, além de reforçar a boa reputação”, explana Nataly.
Para que uma empresa seja considerada alinhada ao que prega a responsabilidade corporativa não bastam campanhas pontuais. Embora seja louvável, o verdadeiro objetivo da responsabilidade corporativa é garantir que todos da organização sejam responsáveis e trabalhem para ganhar a confiança de consumidores e investidores, atendendo às suas expectativas de comportamento ético e responsável.
“[Ao prezar pela responsabilidade corporativa] Minha empresa passa a ser uma marca respeitada no meio empresarial. Eu fomento bons negócios, parceiros, clientes e empregados que falarão muito bem da empresa e, com isso, novos contratos serão fechados e o bônus dos executivos fica mais alto. Sendo executivo de uma empresa, a maior meta deve ser proporcionar esse trabalho digno e fugir de empresas que aceitam condições análogas à escvravidão”, completa Nataly.
E engana-se quem acredita que fazer esse tipo de diligência é uma tarefa difícil. Com as ferramentas da Neoway, por exemplo, você só precisa ter o CNPJ e dar alguns cliques. A plataforma traz todos os dados até o momento da busca (sejam cadastrais, mídias, ações existentes) e, se você fechar o negócio, ainda pode usar uma ferramenta para apoiar no monitoramento deste terceiro.
As informações aparecem de forma rápida, completa e todas as análises realizadas podem ser documentadas, processo fundamental caso algum dos terceiros venha a não estar de acordo com os direcionamentos do Compliance.
Quer garantir que todos os envolvidos com a sua empresa estejam em conformidade com tudo o que é necessário? Conheça as soluções da Neoway para as áreas de Risco & Compliance.