A revista Time divulgou na semana passada a lista das 100 personalidades mais influentes do mundo em 2023 quando o assunto é inteligência artificial. A seleção é resultado de meses de um trabalho que levou em conta recomendações de fontes variadas, análises e centenas de entrevistas feitas pelos editores da publicação.
Entre as 100 pessoas mais influentes da IA, estão nomes conhecidos do universo da tecnologia, como Elon Musk, CEO da Tesla e fundador da xAI, Sam Altman, CEO da Open AI, a desenvolvedora do ChatGPT, e Jensen Huang, CEO da Nvidia, além de investidores, autoridades, estudiosos, artistas e músicos.
Para além do uso da IA nos negócios, a lista reúne perspectivas que apontam para os desafios éticos envolvidos no tema e joga luz, também, para os impactos sociais do avanço da tecnologia. A Neoway fez uma seleção de alguns dos principais nomes da lista e o que eles têm a dizer sobre inteligência artificial.
“A sociedade é capaz de se adaptar, pois as pessoas são muito mais inteligentes e espertas do que muitos dos chamados especialistas pensam. É nossa responsabilidade educar os decisores políticos e o público sobre o que está acontecendo, o que pensamos que pode acontecer e divulgar a tecnologia ao mundo para que as pessoas possam vê-la. É papel das nossas instituições e da sociedade civil descobrir o que nós, como sociedade, queremos.”
Sam Altman, CEO e cofundador da Open AI, sobre o impacto da IA na sociedade
Jensen Huang, CEO da Nvidia, sobre a nova era da tecnologia:
“Atingimos o ponto de inflexão de uma nova era da computação. A cada dois anos, damos grandes saltos à frente e eu espero que o próximo salto também seja gigante. O software não é mais programado por engenheiros de computação. O software é produzido por engenheiros de computação que trabalham com supercomputadores de IA. Esses supercomputadores de IA são um novo tipo de fábrica e, no futuro, todas as grandes empresas também terão suas fábricas de IA”.
Recentemente, a Neoway entrevistou uma série de autoridades sobre IA e lançou uma série sobre os impactos da Inteligência Artificial. Confira a série especial da Neoway Inteligência Artificial: a Última Fronteira.
Yann LeCun, cientista-chefe de IA na Meta, sobre o momento da tecnologia:
“A principal diferença neste ciclo da IA é que as pessoas têm algo com que brincar. E acho que isso contribuiu para capturar a imaginação de muita gente. Não há dúvida de que as pessoas da área, inclusive eu, ficaram surpresas com o quão bem os LLMs (modelos de linguagem) funcionaram. Mas, eles estão muito longe de serem perfeitos. E não é aumentando esses sistemas e treinando-os com mais dados que alcançaremos a inteligência humana.”
Clara Shih, CEO Salesforce AI, sobre a demanda de mercado:
“As pessoas entendem que há uma enorme vantagem e que as empresas serão transformadas pela inteligência artificial. Não há empresa ou equipe onde as pessoas sintam que não têm o suficiente para fazer com a tecnologia. Mas, a primeira coisa que vem à mente de todos é: como posso usar a IA generativa com segurança?”
Clément Delangue, CEO e cofundador da Hugging Face, sobre a democratização da IA:
“Se olharmos para o desenvolvimento saudável da tecnologia a longo prazo, acreditamos que mais democratização cria mais contrapoderes e menos riscos, porque capacita e permite a regulação. Os reguladores não podem regular algo que não compreendem, sobre o qual não há transparência.”
Rumman Chowdhury, CEO e cofundadora da Humane Intelligence, sobre incompreensões relacionadas à IA:
“A IA não é mágica. É simplesmente matemática colocada em código. A primeira coisa que eu gostaria que as pessoas entendessem é que quase todos os problemas surgidos com a inteligência artificial têm um problema análogo que foi tratado de alguma outra forma no passado. A segunda coisa é que as pessoas pensam nos programadores ou desenvolvedores de IA como entidades mágicas ou excepcionalmente capazes, mais inteligentes do que todas as outras pessoas. E isso também é totalmente falso e muitas vezes perpetuado pelas pessoas nessas áreas. Essas pessoas cultivam uma mística em torno da tecnologia que constroem com o único propósito de excluir outras. A terceira coisa é que as pessoas têm muito medo de criticar a IA, de questioná-la ou de perguntar se ela está fazendo a coisa certa”.
“Alimentadas pelo poder da inovação americana, as ferramentas de IA têm o potencial de redefinir cada parte da nossa sociedade e tornar a vida melhor para todos. Por isso, regular o setor é urgente. A questão principal para o presidente dos EUA é: como a IA ajuda as famílias? A IA vai proporcionar segurança econômica e outras formas de segurança à sociedade americana? Está ajudando as pessoas a manter ou conseguir empregos bons e significativos?”
Alondra Nelson, ex-diretora do escritório de Ciência e Políticas de Tecnologia da Casa Branca, sobre a visão do governo americano do tema
Ian Hogarth, presidente da força-tarefa para a Fronteira da IA no Reino Unido, sobre riscos cibernéticos:
“Há uma enorme quantidade de capital e energia sendo investidos na criação de ferramentas de codificação mais eficientes. Essas mesmas ferramentas aumentarão o potencial para o desenvolvimento de vários tipos de ataques cibernéticos. Esse é um problema que está aumentando e é o tipo de coisa que estamos investigando.”
O primeiro episódio da série da Neoway que discute a Inteligência Artificial está no ar. Assista!
