O uso da inteligência artificial nas empresas é fundamental para a obtenção de uma vantagem competitiva, facilitando a melhoria de processos, aumentando a produtividade das equipes e, consequentemente, gerando resultados. Ela pode ser implementada em todos os setores que têm interface com tecnologia, dando suporte à gestão empresarial.
“Cada vez mais, todas as empresas são uma empresa de tecnologia.”
Quem faz a afirmação é Dinis Couto, General Manager, Commercial Partners and Small, Medium & Corporate Customers da Microsoft para a América Latina. Para o executivo, não há hoje nenhuma companhia que não se utilize das inovações tecnológicas no seu dia a dia. “A Inteligência Artificial nas empresas é um fato, pois de alguma forma, sempre é usado algum componente ou dispositivo munido dela”, disse Couto durante sua palestra no Data Driven Business – DDB 2019, evento promovido pela Neoway.
E podemos dizer que sim, esta é uma verdade absoluta. Citando apenas os produtos Microsoft, é difícil encontrar alguém que nunca utilizou o editor de textos Word, o Skype e o próprio Windows. Isso sem falar em outras aplicações de armazenamento em nuvem (cloud computing), tradutores de texto, etc. Todas estas aplicações já contemplam a inteligência das máquinas para ajudar cada um a resolver diferentes problemas e tomar decisões. Por este e outros tantos motivos, a Inteligência Artificial nas empresas já é uma grande realidade.
A visão da Microsoft sobre Inteligência Artificial nas empresas
Para Dinis Couto, a Inteligência Artificial nas empresas ou em qualquer aspecto da nossa rotina, chegou hoje a um momento de grande disrupção. “Estamos em um ponto da atualidade que a IA já está mudando a forma como vivemos em sociedade e, claro, fazemos negócios. Podemos fazer coisas melhores, com menos custos e mais seguras”, explicou.
Para exemplificar, Couto fez uma comparação com a invenção do automóvel. Segundo ele, com a chegada de uma nova forma de transporte, tivemos impactos positivos e negativos e foram surgindo novas necessidades: as pessoas mudaram a forma de ir e vir, o cocheiro perdeu seu emprego, precisamos de combustível, chegamos mais rápido e com mais conforto ao lugares, geramos mais poluição, e assim por diante. “Essa disrupção criou um ciclo, assim como acontece agora com a IA. E novos ciclos vão surgindo”, completou.
A diferença é que hoje, com a tecnologia avançada, os ciclos de mudança são notoriamente mais curtos, de no máximo três anos, enquanto antigamente uma novidade surgia a cada 20, 25 anos. E isso, de acordo com Couto, é o que dificulta o entendimento e a adaptação de muitos. “Lembro que não há muito tempo, um novo Windows era lançado a cada dois, três anos. Hoje, não passamos mais que três meses sem atualizar o sistema. Esta é a diferença que vivemos atualmente”, destacou.
Por outro lado, a aplicação da tecnologia de Inteligência Artificial nas empresas e em outros negócios também ajuda as pessoas a resolverem seus problemas e a serem mais produtivas de forma mais rápida e fácil. Facilmente pode-se encontrar aplicações bastante interessantes da IA para questões antes muito complexas: na agricultura, ao fazer leituras do solo para estabelecer como nutri-lo corretamente ou a época mais precisa para o plantio; na educação, ao levar conhecimento para localidades remotas; na medicina, com as leituras e medições em tempo real do corpo humano ou no reconhecimento de padrões em exames para a acurácia de diagnósticos, entre outros.
Como a Microsoft trabalha com Inteligência Artificial
Para a Microsoft, a tecnologia pela tecnologia não basta. A empresa preza por inovações que sejam confiáveis, seguras, que respeitem a privacidade e sejam construídas de forma ética. Assim está embasada a estratégia de produtos da empresa, incluindo a IA, segundo Couto.
Ele ainda citou três grandes capacidades da IA que são fundamentais e devem fazer parte de qualquer nova solução:
- Capacidade de Percepção – os modelos devem conseguir perceber o mundo ao seu redor, seja em forma de imagem, som ou texto, e dar sentido a estas informações;
- Capacidade de Aprendizado – é fundamental, pois as soluções precisam aprender com os inputs que recebem e melhorar seu desempenho com eles;
- Capacidade de Raciocínio – devem raciocinar em cima de um grande volume de dados, analisando com precisão e lógica para fornecer insights para a tomada de uma decisão (seja ela feita por humanos ou pela própria máquina).
O executivo finalizou definindo o papel da Microsoft como uma companhia que oferece uma plataforma de serviços, que servem de base para que outras empresas desenvolvam suas soluções, da maneira mais adequada para suas necessidades – é o que acontece com a infraestrutura de nuvem, de chatbots, de reconhecimento de video, etc.