Cultura, negócios e dados na mira das áreas de compliance

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A atuação do compliance tem se tornado cada vez mais complexa, estratégica e próxima do negócio. Para levar boas práticas e insights aos profissionais da área, a Neoway promoveu a Semana “Fala, Compliance” que reuniu líderes de grandes empresas para discutir o impacto do compliance nos negócios.

No bate papo entre Luciana Silveira, CCO da Neoway, Ludmila Linhares, CCO da Localiza, e Felipe Faria, Gerente de Compliance e Ética na Goodyear da América Latina, falou-se sobre o movimento Me Too, cultura e o quanto o compliance vem se transformando e evoluindo ao longo dos anos.

Confira alguns dos insights levantados pelos profissionais sobre tendências em risco e compliance.

Compliance de olho na cultura e na comunicação


Felipe Faria destacou que quando se fala em compliance estamos falando de cultura. Cada vez mais, o compliance torna-se disruptivo ao deixar o papel de uma área de treinamentos para ser uma área ligada à transformação de cultura, principalmente quando paramos para pensar no suporte na tomada de decisão de CEOs e presidentes.

A cultura é um assunto do presente e do futuro para as áreas de compliance, já que a sociedade como um todo está em constante evolução.  “Estamos falando de compliance lidando com Me too, de uma mudança de percepção das pessoas, de intolerância por determinadas falas. Essa transformação de cultura é uma das grandes tendências e desafios que o compliance vai ter que lidar”, explica Felipe.

Parte integrante e fundamental de qualquer cultura, a comunicação também é um tema que “tira o sono” dos compliances officers. Linguagem e modo de falar podem ser influenciados pelo aculturamento constante das áreas, mas no final do dia, também se relacionam com a singularidade de cada pessoa. 

Muitas vezes, para chegar aos objetivos da companhia, cada colaborador tenta remar no sentido que o faça contribuir com as metas de negócio desejadas. Entretanto, as tarefas do dia a dia de um podem esbarrar no trabalho do outro e gerar uma zona cinzenta onde o diálogo e a boa convivência devem prevalecer

“Vemos que com objetivos distintos há o desafio dos colaboradores conversarem entre si. Pensa em uma pessoa da manutenção que quer parar uma máquina para fazer uma manutenção preventiva. Só que o outro tem um ticket médio para cumprir e uma produção para entregar naquele dia, ele não quer que a máquina pare porque ele tem que entregar aquele objetivo. Essas rusgas são uma grande preocupação, porque os dois estão achando que estão sendo éticos”, compartilha Felipe.

As ações de compliance para promover uma boa comunicação entre colaboradores devem começar pela forma como a própria área se comunica com os demais. Isso requer entender quais são os objetivos específicos de cada um e se estão ligados às metas do negócio. 

Trabalhar a cultura e a comunicação de formas específicas por áreas e suas necessidades torna o trabalho da área de compliance muito maior e desafiador, mas, em contrapartida, traz os colaboradores para mais perto do compliance.

O compliance é um parceiro do negócio

Não cabe mais um compliance burocrata e a área nem quer mais ser enxergada dessa forma. O compliance vem tentando se aproximar cada vez mais das áreas de negócio como parceira na tomada de decisão, mostrando que vender mais, nem sempre é vender melhor.

Entretanto, para que isso aconteça, é essencial que a alta liderança perceba o quanto é importante entender os dados levantados pelo compliance e começar a trazer a área para as decisões de negócio. 

“O compliance tem que estar muito ligado à alta administração, precisa estar nesse fórum para entender onde a companhia quer chegar, qual é o planejamento estratégico e conseguir linkar isso às preocupações que vivemos no operacional, no dia a dia.”, comenta Ludmila ao compartilhar que, em sua atuação na Localiza, o primeiro passo para se aproximar da diretoria foi mudar a abordagem do compliance para ser uma área muito mais parceira do negócio

“A nova visão do compliance é olhar para as áreas e pensar: “RH: o que eu possuo de dados do RH?” Ao invés de focar no nosso framework, focar no framework da companhia, olhar as áreas que tem dentro da companhia, quais são os temas principais de cada uma, se tem ali a oportunidade de automatizar alguma coisa. Olhamos muito o framework que temos, mas não olhamos do ponto de vista de cada área”, contextualizou Felipe.

Tecnologia, dados e inteligência no compliance

A alta liderança tem o desafio adicional de trazer o compliance para mais perto e ela pode fazer isso através de ferramentas, sistemas e dados. “A liderança também precisa usar os dados, entender que eles são relevantes e que toda a empresa pode tomar decisões a partir deles”, pondera Felipe.

Entretanto, é preciso ter consciência que somente ter dados não geram inteligência sem uma equipe que consegue automatizar tarefas e focar em uma postura analítica. “Realmente, geramos muitos dados e temos que parar para pensar o que esses dados vão trazer. Não adianta estar com um milhão de dados se não sei o que fazer com eles”, contextualiza Ludmila.

Atualmente, a área de compliance pode contar com tecnologia e plataformas que automatizam a operação e mitigam os erros humanos. Com a Neoway, por exemplo, é possível criar regras personalizadas de acordo com as necessidades de cada negócio. Otimizar as tarefas do dia a dia liberam os profissionais de compliance para serem mais analíticos, assim podem se dedicar a olhar com maior acuracidade para toda a base de dados da empresa.

 “A área de compliance tem a posição única de ter conhecimento sobre todos os dados da companhia. Temos uma posição única para dar recomendações e sugestões”, comenta Felipe.

Como conclusão, os entrevistados reforçaram que o compliance sempre irá apoiar o aculturamento constante dos colaboradores. Mas que, cada vez mais, também cumpre o papel de ajudar a empresa a mover o ponteiro dos lucros de forma inteligente. 

“Se você voltar o olhar do negócio para o compliance, você consegue ter uma visão mais interessante daquilo que o negócio precisa: treinamentos, apoio na comunicação, etc. Pode ser, por exemplo, uma pequena mudança do sistema de due diligence interno para trazer mais celeridade para entrar novos clientes”, exemplifica Felipe.

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Neoway

A Neoway é a maior empresa da América Latina de Big Data Analytics e Inteligência Artificial para negócios. Fundada em 2002, em Florianópolis, lançou a sua plataforma SaaS em 2012, e, hoje, está presente em todo o Brasil.

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