O desenvolvimento de APIs leva em consideração uma série de fatores técnicos, mas, na Neoway, o ponto de partida é sempre o mesmo: para que elas funcionem de forma harmônica e possam cumprir a função de levar e trazer informações, é preciso seguir um fluxo padrão.
Os times de tecnologia da Neoway encarregados dessa missão se baseiam nas diretrizes estabelecidas em um guia elaborado para atender as necessidades da empresa. Os princípios de desenvolvimento das aplicações refletem os conceitos mais avançados de mercado em termos da experiência do usuário.
Entre as recomendações presentes no documento, destaque para a importância de tratar as APIs como produtos e dar liberdade para os desenvolvedores agirem como “donos” de cada projeto. Essa perspectiva facilita a compreensão do ecossistema como um todo e abre caminhos para a integração com serviços e novos negócios de forma ágil.
Outro princípio relevante apontado no guia é a capacidade de “se colocar no lugar dos clientes e entender as suas dores”, na interação com os serviços. Quando a API é pensada como produto e sustentada por padrões claros, a experiência de uso ganha prioridade máxima, assim como o monitoramento de feedbacks para melhorias. O mesmo racional se aplica ao post inaugural da série, que aborda a importância do conceito API first e a visão da Neoway a respeito.
Exemplos práticos
A materialização desse conceito pode ser vista nos aplicativos que são referência em usabilidade. No Spotify, por exemplo, os componentes de design são semelhantes nos mais variados módulos – seja no campo de buscas, no de lançamentos ou na biblioteca de músicas.
Na plataforma da Neoway, a adoção desse critério também é visível. Os aplicativos Search e Maps, por exemplo, embora tenham objetivos diferentes, possuem interfaces semelhantes justamente para transmitir a mensagem de que partem de um mesmo produto. A homogeneidade na concepção reforça a ideia de ambos seguem um padrão estabelecido e permite que o usuário consiga manuseá-los com mais facilidade.
Boas práticas
São muitas as diretrizes que compõem o guia internacional de APIs, todas classificadas em três estágios: necessárias, recomendadas ou opcionais. Este texto vai focar em duas das principais de acordo com a visão da Neoway: padrão de criação de URLs e padrões de Status HTTP.
As boas práticas para padrões URL ajudam principalmente a facilitar o entendimento sobre as capacidades do serviço e sua operação em si, o que permite aos desenvolvedores ter expectativas realistas e antever necessidades.
Tecnicamente, o guia sugere os seguintes passos:
Ações necessárias:
- Você deve pluralizar os nomes dos recursos
- Você deve deixar os identificadores das URL de modo amigável e de fácil interpretação
- Você deve separar os espaços das palavras por hífen
- Você deve manter as URLs sem verbos
- Você deve evitar ações, pensando sempre sobre recursos
- Você deve usar JSON como payload da sua requisição, caso contrário especificar o Media Type do retorno
- Evite usar um path base, como por exemplo /api
- Você pode limitar a quantidade de recursos
Já no caso dos Status HTTP, as boas práticas são essenciais para se obter um melhor entendimento do que acontece na API. A partir disso, é possível avaliar o funcionamento dela em 360 graus e, em caso de erros reportados, identificar rapidamente suas origens.
Devido à sua importância no mercado, os critérios de Status HTTP são inclusive utilizados pela W3C – World Wide Web Consortium – a principal organização de padronização da World Wide Web.
Tecnicamente, o guia sugere os seguintes passos:
Respostas de informação (100-199)
O que é: quando as respostas indicam o status do processo em suas mais variadas fases em relação ao servidor.
Respostas de sucesso (200-299)
O que é: quando os status da requisição são informados para classificar se ela foi bem-sucedida ou parcialmente bem-sucedida, juntamente com explicações do que aconteceu.
Redirecionamentos (300-399)
O que é: quando são informadas as mais variadas possibilidades sobre o código de resposta, orientando o desenvolvedor a agir conforme o caso.
Erros do cliente (400-499)
O que é: quando a ação do cliente impede o servidor de aceitar a requisição por motivos variados, tais como formato de mídia inválido e URI maior que o limite.
Erros do servidor (500-599)
O que é: quando o servidor lida com situações com as quais não sabe lidar e gera respostas sobre isso, por exemplo, mensagens que indica, sobrecarga ou manutenção.
Vantagens para as empresas
Ao adotarem as boas práticas mencionadas na criação de APIs, as empresas otimizam o tempo de trabalho dos desenvolvedores, que atuam de forma organizada, e aceleram o fluxo de desenvolvimento, tendo cada etapa definida previamente a partir de orientações claras do que fazer e como agir em caso de intercorrências.
Além disso, a escolha por esse caminho de desenvolvimento evita mal-entendidos sobre eventuais erros e torna todo o processo mais eficiente. Com clareza sobre o que acontece nas aplicações, gestores podem tomar decisões precisas e melhorar frequentemente a qualidade do serviço, o que eleva também o nível de satisfação dos usuários.
