A análise de fornecedores é uma etapa fundamental para assegurar que os parceiros sejam realmente estratégicos e façam entregas com qualidade e no prazo esperados. Esse processo, aliás, pode converter-se em um importante diferencial competitivo e, por isso, não deve ser subestimado.
Há também outra questão que reforça a importância da análise de fornecedores: o compliance. Atuar com parceiros inidôneos pode prejudicar as operações, a saúde financeira da empresa e sua reputação no mercado.
Como escolher bons parceiros e fornecedores?
Como vimos, a escolha de bons parceiros de negócio é essencial do ponto de vista estratégico. Para tomar uma boa decisão, é importante seguir alguns passos:
Analisar a reputação da empresa
Conhecer o histórico do fornecedor no mercado é importante para evitar problemas. Nesta etapa, procedimentos como background check e as políticas de Know Your Supplier (KYS), sobretudo a prática de Due Diligence, são indispensáveis para fazer uma avaliação sob a perspectiva ética e da transparência.
Aqui, o foco não é apenas entender a longevidade do fornecedor, mas compreender sua atuação, identificando possíveis problemas relacionados ao cumprimento da legislação e de suas responsabilidades (trabalhistas, tributárias, socioambientais etc.).
Verificar sua estabilidade financeira
A análise de fornecedores também deve considerar a estabilidade financeira dos possíveis parceiros. Mesmo que o processo anterior tenha reconhecido a empresa como idônea e bem avaliada, seguirá sendo um risco relacionar-se com fornecedores que arrastam problemas financeiros.
De uma hora para outra, isso pode trazer dores de cabeça, desde o atraso na entrega à interrupção total dos serviços, como em caso de falência, por exemplo.
Avaliar seu desempenho operacional
Idoneidade e estabilidade financeira são elementos cruciais para evitar problemas, sobretudo de ordem legal. No entanto, a análise de fornecedores também deve buscar entender quão eficaz é a empresa em questão.
Estamos falando de aspectos relacionados à qualidade e pontualidade, à flexibilidade para demandas diferentes, à garantia e também ao tempo de resposta. Esses elementos indicam o grau de alinhamento do futuro parceiro com a própria organização, sinergia que é vital para o sucesso dos negócios.
Analisar o quadro societário
A análise de fornecedores também deve verificar o organograma da empresa parceira. É preciso saber se algum membro do quadro societário já esteve ou está enfrentando processos judiciais ou possui envolvimento com fraudes e outras práticas antiéticas.
Em muitos casos, essas situações podem respingar no negócio do qual essa pessoa faz parte, o que pode gerar problemas também para a contratante.
Como podemos ver, esse é um processo complexo e que deve ser feito com atenção aos detalhes. Em um mercado dinâmico e que exige respostas rápidas, a tecnologia é aliada de primeira ordem para automatizar a análise de fornecedores e agilizar as avaliações. Assim, é possível evitar problemas e prevenir riscos relacionados a esses parceiros.
Análise de fornecedores: quais indicadores usar?
Existem alguns indicadores de desempenho que devem ser acompanhados durante a análise de fornecedores. Confira:
- Nível de entrega: refere-se ao cumprimento dos prazos combinados.
- ROI de compras: analisa a lucratividade dos investimentos feitos, ajudando a avaliar o custo-benefício da contratação de cada fornecedor.
- Taxa de conformidade: ajuda a dar mais segurança jurídica para a relação. Está intimamente ligada às cláusulas do contrato e as penalidades, deveres e obrigações previstas.
- Taxa de devolução ou defeito: indica a confiabilidade do fornecedor, medindo a frequência com que é necessário a devolução ou quantos produtos vieram com defeito.
- Taxa de emergência: consiste na capacidade de entrega de pedidos não planejados, geralmente feitos para evitar escassez.
- Tempo de resposta: trata-se do tempo entre o pedido de compra e a entrega do produto ou prestação do serviço.
Como manter um bom relacionamento com fornecedores?
Escolher os fornecedores com inteligência, é o primeiro passo desse relacionamento. Neste processo, é fundamental lembrar que os parceiros podem ser muito estratégicos.
Portanto, é importante desenvolver uma conexão, oferecer projetos duradouros e apontar os benefícios da parceira. Existem outras formas de manter as parcerias saudáveis com os fornecedores. Dentre as principais, vale citar:
- Faça negociações: de modo geral, fornecedores são pessoas que conhecem muito bem o mercado em que atuam, por conta disso apresentam mais flexibilidade no momento de negociação;
- Qualidade deve superar o preço: o objetivo deve ser sempre oferecer o melhor para o consumidor final, por isso é importante ter um controle de qualidade da empresa. Nesse sentido, não é certo escolher um parceiro somente pelo preço, pois a qualidade da entrega pode cair significativamente e prejudicar uma operação;
- Alinhe processos: converse e deixe alinhado com o fornecedor todas as questões relacionadas a prazos e outras demandas que forem relacionadas a essa parcerias. As chances de erros e atrasos são muito menores. Além disso, defina canais de comunicação eficazes, pois se houver alguma intercorrência, tanto a sua empresa quanto o fornecedor, poderão resolver a situação o mais rápido possível.
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